Hoje é:21 de novembro de 2024

2023: um bom ano para a arquitetura

Confira seis tendências apontadas pela arquiteta Nina Tinoco para o mercado no próximo ano

Por Carlos Cruz | Imagens: Divulgação CasaCor PE e Manu Souza

O universo arquitetônico não se cansa de surpreender. Dia após dia, uma nova tendência surge no mercado, novidades essas que são potencializadas com as redes sociais, promovendo a conexão com internautas e disseminando os sucessos do momento.

E como não é novidade, principalmente em um mercado onde a inovação e o empreendedorismo têm firmado fortes raízes, constantes mudanças exigem a rápida atualização dos profissionais e clientes interessados em construir ou reformar.

A arquiteta Marina Tinoco separou seis tendências para o mercado de arquitetura em 2023. Confira abaixo.

6 tendências arquitetônicas para 2023

1.

 Tons quentes e cores naturais

Em 2023, os tons quentes não ficarão de fora e chegarão para trazer ânimo e calor aos mais diferentes projetos arquitetônicos. Também farão parte dos projetos os tons naturais, como o Terracota, uma cor bem conhecida dos brasileiros, presente nas construções rústicas e nos materiais cerâmicos.

Em tempos de forte espírito nacionalista, também não será difícil nos depararmos com projetos utilizando as cores que compõem a nossa bandeira, como o amarelo, o verde e o azul, e suas inúmeras variações. Aí vai da criatividade e do bom gosto de cada um!

2.

Azulejo hidráulico

Engana-se quem pensou que o uso de azulejos hidráulicos é uma moda saudosista com seus dias contatos. Segundo a arquiteta, esses materiais ainda serão bastante usados em 2023 por aquelas pessoas que gostam de “construir casas com cara de casa, fugindo da estética minimalista que predominou nos últimos anos”.

“As cores básicas, branco, bege, capim etc. Acho que tem uma tendência forte de resgatar o uso de cores, estampas e materiais ‘com cara de casa’ na arquitetura”, afirma Marina.

3.

Espaços abertos

Os locais abertos são cada vez mais valorizados e esperados em projetos arquitetônicos. Eles já fazem parte de diferentes tipos de imóveis, desde os residenciais até os comerciais, e proporcionam um aspecto único a cada um deles.

“As relações com o cuidado e o uso da casa vêm se transformando ao longo dos anos, e uma tendência que veio para ficar, sem dúvidas, é a ideia dos espaços abertos, cozinha integrada, espaços cada vez mais conectados”, reitera Marina. Além disso, os espaços abertos também têm um forte potencial de gerar no público a sensação de liberdade, o que é muito atrativo.

E por que não aproveitar sua área aberta e fazer belo jardim vertical, com peças cerâmicas que dão ainda mais naturalidade ao ambiente?

4.

Arquitetura biofílica

A técnica consiste em intensificar a conexão com a natureza, através do uso de materiais naturais, que geram uma sensação de conforto e comodidade em qualquer ambiente. “Acho que nesse contexto pós-pandêmico, a necessidade das nossas casas se aproximarem de um contexto natural cria quase uma necessidade de usarmos materiais naturais”, avalia Marina.

Mais que decorativo, os materiais naturais também são benéficos para o bem-estar daqueles que irão frequentar o espaço. Esse tipo de arquitetura está presente em pequenos detalhes que fazem muita diferença, como exemplifica a arquiteta, citando o uso de plantas na decoração e de materiais brutos em seu estado natural, como móveis rústicos e pilares de madeira.

5.

Reaproveitamento de móveis em antiquários

“Uma tendência que tem aparecido bastante é a procura por antiquários modernos, móveis ressignificados, reaproveitados”, conta Marina. A arquiteta considera que essa técnica é uma das tendências em design de interiores. “Acho que, num contexto global, onde falamos de cada vez menos desperdício, a procura por móveis garimpados, sem dúvida, vem sendo uma crescente”, reitera.

Marina explica que lojas como AD Studio, Verniz, Desmobilia e Jardim Velharia chegam para mostrar o poder e o charme que os móveis antigos, carregados de história, podem proporcionar a uma casa.

Nesse contexto, somam-se as paredes de tijolos maciços expostos e partes da casa sem laje, deixando o telhado cerâmico à mostra.

6.

Inspiração nos anos 60/70: mobiliário com formas curvas

Os móveis com formas curvas eram uma tendência entre as décadas de 1960 e 1970 e, apesar de os retilíneos terem predominado nos anos seguintes, o sucesso do passado está voltando com tudo e reconquistando seu espaço nos projetos.

“Acho que está relacionado com o item acima. A estética de móveis antigos e com história vai ter um espaço grande nos projetos de arquitetura em 2023 e, nesse caso, a inspiração em mobiliários dos anos 60/70 abre espaço para uma estética mais orgânica tomando conta dos projetos”, conclui Marina.

Carlos Cruz é jornalista na Anicer.

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