Hoje é:22 de novembro de 2024

A hora e a vez das Cidades Inteligentes

Tecnologia, mobilidade, acessibilidade e sustentabilidade são alguns dos fatores que levam uma cidade a ser considerada “inteligente”; conheça os demais

Por Carlos Cruz

As Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, estão cada vez mais comuns em países da Europa, América do Norte, Ásia e até mesmo no Brasil. Pensadas e desenvolvidas para melhorar a eficiência político-econômica e amparar o desenvolvimento humano e social, esses espaços urbanos, caracterizados pela utilização generalizada de Tecnologias da Informação e da Comunicação, promovem a qualidade de vida de seus cidadãos.

A ideia de uma cidade inteligente começou a ser desenvolvida na década de 1990, com a chegada da internet. O objetivo dos pesquisadores era conceituar o desenvolvimento urbano dependente da tecnologia, da inovação e da globalização em diversas áreas de gestão.

Mas o que caracteriza uma cidade como inteligente?

A resposta pode ser bem abrangente e causar equívocos pela quantidade de fatores que levam à definição. Em termos gerais, uma cidade passa a ser considerada “inteligente” quando há impulsionadores de crescimento econômico sustentável (investimentos em capital humano, investimentos sociais e infraestrutura moderna), além de uma elevada qualidade de vida e gestão consciente dos recursos naturais, por meio de uma governança participativa e democrática. Em suma, são cidades que oferecem aos cidadãos mobilidade urbana adequada e que se baseiam no compromisso com assuntos ambientais e questões sociais.

Se nos aprofundarmos ainda mais, veremos outras características consideradas primordiais para essa classificação. Cidades Inteligentes são aquelas que garantem o acesso à cultura e oferecem educação de qualidade, com um número adequado de escolas, universidades, museus, bibliotecas, salas de cinema e teatro e outros locais que contribuam com a educação e a cultura. Elas oferecem segurança aos seus moradores e visitantes e oportunidade de empreender sem burocracias que atrapalhem o desenvolvimento econômico e muita transparência.

Sua infraestrutura permite o monitoramento de aspectos como segurança, transporte e abastecimento por meio de tecnologias inovadoras, como inteligência artificial (AI), sensores avançados e redes de dados de alta velocidade. A comunicação é facilitada e estimulada por meio de fóruns e redes sociais.

Nelas, os serviços de utilidade pública, como polícia e bombeiros, fazem uso de tecnologias que permitem o acesso às informações das ocorrências de maneira facilitada e em tempo real, o que vai possibilitar uma ação mais eficaz e integrada.

Benefícios das Cidades Inteligentes

Além da tecnologia, as Cidades Inteligentes apresentam muitos outros benefícios aos seus moradores e visitantes. Talvez o mais importante de todos seja a educação de qualidade. E não é muito difícil imaginar o porquê: uma sociedade inteligente é consciente de seus recursos, aprimorando sua utilização e evitando desperdícios.

E por falar em recursos e em inteligência social, é certo afirmar que uma população com mais acesso à informação e que, por isso, utiliza seus recursos de forma mais consciente e equilibrada, inevitavelmente promoverá a sustentabilidade e diminuirá os impactos ambientais. Cidades Inteligentes necessariamente são verdes pelo excesso de natureza. Jardins, ruas arborizadas, telhados verdes e construções priorizando sistemas construtivos ecologicamente corretos, como é o caso da cerâmica vermelha.

E se você pensa em abrir um novo negócio que seja sustentável, que tal escolher uma Cidade Inteligente? Incentivos fiscais, desburocratização, ambientes humanizados, tecnologia disponível, segurança e integração com a natureza. Precisa de mais alguma coisa?

Conheça as Cidades Inteligentes

De acordo com um estudo realizado em 2019 pelo Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores – IESE e que levou em conta o desempenho de 174 cidades em 80 países mundo afora, as principais Cidades Inteligentes do mundo são:

No Brasil, as cidades que mais pontuaram no estudo foram:

O estudo levou em conta 9 parâmetros estabelecidos para uma vida sustentável em uma cidade: capital humano, coesão social, economia, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia e mobilidade e transporte.

Carlos Cruz é jornalista na Anicer.

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