Hoje é:3 de dezembro de 2024

Tendências da arquitetura para 2023

Por Caio Fontoura

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Ano novo, vida nova! Essa é uma das frases mais faladas na entrada do novo ano por pessoas que querem mudanças em seu novo ano. Muitas querem mudanças nos seus hábitos, promoção ou emprego novo, novas amizades e relacionamentos, uma casa nova ou uma simples reforma em algum cômodo da casa. Todas as pessoas querem se sentir bem, motivadas e confortáveis em sua vida. Logicamente, uma boa arquitetura é capaz de trazer sensações positivas para seus usuários através de ambientes conectados com suas preferências e adequado a cada uso. Neste artigo, vou falar sobre o que considero ser tendência para os projetos de arquitetura em 2023.

Antes de tudo, é preciso lembrar que estamos saindo de uma pandemia onde a reclusão de longa duração foi a solução de proteção para a grande maioria das pessoas. Privilegiados que puderam estar durante esse período em um local em contato com a natureza, tiveram uma passagem desse momento mais confortável e equilibrada.

O discurso de cuidarmos e nos aproximarmos da natureza ficou muito mais fortalecido no pós-pandemia, influenciando a arquitetura fortemente nessa tendência, não somente para residências, como escritórios, restaurantes e centros de compras. Ambientes integrados ou com referências da natureza, preocupação com o aproveitamento de iluminação e ventilação natural, racionalização dos projetos objetivando menos consumo e menos poluição são fortemente as tendências e diretrizes para a arquitetura em 2023.

Empresas sentiram o quanto é caro depender de aparelhos de ar-condicionado para resfriar seus ambientes. Quando todo o comércio parou, empresas buscaram soluções alternativas para que pudessem funcionar de forma mais econômica, sem prejudicar o conforto. Abrir ambientes e integrá-los com jardins de invernos ou jardins externos, ambientes amplos e com poucas divisões, pé direito elevado, telhados e fachadas verde passaram a dominar as tendências em busca da aproximação da arquitetura com a natureza, com os recursos naturais. Não há dúvida que o ambiente fica muito mais agradável quando as técnicas de conforto ambiental são aplicadas de modo que permita a natureza fazer parte da arquitetura não só esteticamente, mas com uma grande função de se aproveitar recursos naturais disponíveis, reduzindo a emissão de CO2, inclusive durante a construção.

O contato com a natureza ajuda na diminuição da ansiedade, no relaxamento e desconexão do mundo digital. As pessoas estão buscando, cada vez mais, atividades em contato com a natureza seja para a prática esportiva, passeios, meditação e até mesmo um hobby, como o de cuidar de plantas. Observando os efeitos positivos do contato com a natureza, empresas investem em ambientes que aproveitem ao máximo os benefícios para tornar a experiência de colaboradores e clientes ainda mais proveitosa e confortável. Neste mesmo sentido, os projetos de residências estão cada vez mais composto de ambientes “verdes”, onde a natureza é presente com plantas, fontes ou até materiais com menos processos de industrialização como a madeira, tijolinhos, telhas cerâmicas… etc.

Vejo que, para os acabamentos, os que tiverem mais apelos em menor manutenção, fabricação com matéria-prima reciclada ou menos poluentes, fabricação local e ser mais duráveis serão os grandes escolhidos pelos arquitetos e pelos clientes finais.

Na minha opinião, o profissional que não estiver atento às questões ambientais em seu projeto, estarão cada vez menos conectados ao mercado.

Arquiteto e urbanista, pós-graduado em tecnologia no gerenciamento de obras. Atua em construções de edifícios para o mercado imobiliário da cidade de Salvador (BA). É sócio da AF Engenharia, empresa que atua nos setores industrial e comercial, prestando serviços de planejamento, coordenação de projetos e execução de obras em diversas cidades das regiões norte e nordeste do Brasil.

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