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Cerâmica São José

Por Manu Souza | Imagens: Divulgação

Fundada em 02 de janeiro de 1985, a Cerâmica São José, localizada no Município de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro, é uma empresa familiar criada pelo filho mais jovem de uma família de onze filhos, Paulo Sérgio Pinto Pessanha.

A fábrica funciona com a colaboração de 13 funcionários, que fabricam mensalmente cerca de mil toneladas de telhas, lajes, plaquetas, blocos de vedação e tijolos maciços.

“Nos inspiramos na história de vida de José, pai de Jesus, homem trabalhador, honesto e de fé, princípios que são a base da nossa empresa até hoje. Meu avô, José das Chagas Pinto Filho e avó, Ritta Pessanha Pinto, mesmo sendo de origem humilde, sempre encararam a vida com coragem e perseverança ensinando os valores do trabalho e da honestidade. Ele fundou uma das primeiras olarias de telha cerâmica da região, e meu pai, após trabalhar com ele por algum tempo teve a certeza de qual caminho queria seguir. Passados alguns anos e tendo adquirido experiência nas cerâmicas dos irmãos, que produziam tijolos, ele percebeu que tinha chegado a hora de empreender em sua própria empresa. E assim, em 1985, iniciava a história da Cerâmica São José, com uma produção voltada principalmente para telhas modelo plan e lajes”, conta o Diretor Industrial da Cerâmica São José, Paulo Kássel Lopes Pessanha, com quem a Revista da Anicer conversou. Leia abaixo a entrevista completa!

Que tipo de tecnologia a São José emprega? Geramos a nossa própria energia elétrica através de uma usina solar, temos um setor de preparação de argila onde incorporamos resíduos provenientes da laminação de granitos vindo do estado do Espírito Santo, temos uma produção parcialmente automatizada e por meio de um reflorestamento próprio de eucaliptos somos autossuficientes em toda a biomassa que abastece nossos secadores e nosso Forno “Frederico” com 24 portas.

Quais os mercados em que está presente no país? Possui filiais? A empresa exporta ou pretende exportar?

Atendemos os estados do RJ, ES e MG. A exportação é um sonho para o futuro, precisamos trabalhar bastante para realizá-lo, hoje temos uma vantagem competitiva que seria a proximidade com o Porto do Açú (pouco mais de 20 km), empreendimento que desponta como um dos principais hubs de desenvolvimento da América Latina.

Sua cerâmica integra o Programa Setorial da Qualidade – PSQ?  

Já obtivemos o PSQ há alguns anos, no momento estamos nos reestruturando para voltar ao programa, entendemos que a empresa que obtém esse selo transmite uma maior credibilidade para o mercado que é cada vez mais exigente.

Como a qualidade é trabalhada dentro da empresa?

A busca incansável pela qualidade é nosso mantra diário, buscamos sempre estar atentos aos mínimos detalhes e a como conseguir produzir de maneira mais eficiente a cada dia.

O que a empresa representa economicamente para o município em que está sua sede?

O setor cerâmico tem grande relevância econômica na cidade de Campos dos Goytacazes, somos um grande empregador e consequentemente grande contribuinte, promovemos o desenvolvimento não só do nosso Estado mas também dos estados vizinhos.

Pretende ampliar o parque fabril ou conquistar outros mercados?

No próximo mês de agosto, estaremos modernizando a automação da nossa produção, com isso teremos um ganho de produtividade que nos permitirá alcançar novos mercados.

O que faz para enfrentar a concorrência?

O foco na qualidade, mas não só do produto final, nos permite ter um atendimento diferenciado, tanto na venda quanto no pós-venda. Ter processos alinhados com respeito aos nossos colaboradores e com a sustentabilidade agrega muito valor à nossa marca, tentamos nos diferenciar da concorrência nesses e outros aspectos.

A indústria tem ações de responsabilidade social e de valorização dos colaboradores? Quais?

Sempre estamos inseridos e participando das demandas locais, sendo na educação – fazendo a ponte entre cursos oferecidos pelo Senai e os possíveis candidatos. Na filantropia – participando de eventos beneficentes -, e até na utilização dos nossos resíduos de produção para diversos aterramentos em lugares que sofram com inundações, impactando a qualidade de vida da população local. Quanto aos nossos colaboradores temos bônus por assiduidade e produtividade.

Utiliza quais tipos de combustível? Caso seja biomassa, é descarte de outra indústria?

Utilizamos como combustível biomassa proveniente de reflorestamento próprio de eucaliptos.


A empresa realiza projeto de venda de crédito de carbono?

No momento ainda não estamos participando de nenhum projeto de venda de crédito de carbono.

Recupera as áreas de extração? Como?

Possuímos jazidas de argilas próprias devidamente legalizadas nos órgãos ambientais competentes, após o seu uso fazemos a sua recuperação e destinamos as mesmas para pecuária e plantio de agroflorestas.

Manu Souza é gestora de comunicação e editora da Revista da Anicer.

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