Hoje é:14 de novembro de 2024

Fábricas de São Paulo criam Instituto da Cerâmica

12 marcas se uniram para desenvolver o setor cerâmico na região em que atuam

Por Manu Souza

Pensando em desenvolver o mercado do produto cerâmico no estado de São Paulo e divulgar informações técnicas sobre sistemas construtivos e características técnicas dos produtos cerâmicos, doze empresas se juntaram para criar o Instituto de Tecnologia em Alvenaria Cerâmica Racional – Itacer.

Com o principal objetivo de elevar o patamar da construção civil, com produtos que combinam tecnologia avançada, precisão e um compromisso inabalável com a qualidade, o Instituto conta com a chancela das seguintes cerâmicas: Barrobello, Barro Nobre, Canella, City, Donatti, Ermida, Formigari, Gresca, Da Mata, Mifale, Selecta e TecBrasil.

Para entender melhor o que o Instituto faz, a Revista da Anicer conversou com o Diretor Técnico da Cerâmica City, Constantino Bueno Frollini.

Revista da Anicer: O que é o Itacer?

Constan: O Itacer é o Instituto de Tecnologia em Alvenaria Cerâmica Racional, voltado para a construção civil, especialmente na promoção de soluções sustentáveis e eficientes com blocos cerâmicos. A ideia de criar o instituto, surgiu da necessidade de educar e elevar os padrões de construção com materiais cerâmicos, oferecendo alternativas que combinam sustentabilidade, eficiência energética e qualidade estrutural.

RA: Como surgiu a ideia de criar o Instituto?

Constan: O Itacer é formado por um consórcio de 12 empresas do setor de cerâmica vermelha produtoras de blocos verticais do estado de São Paulo.

A ideia surgiu depois de um trabalho de pesquisa de mercado onde descobriram a falta de conhecimento do setor da construção civil atual sobre as alvenarias que utilizam bloco cerâmico. E o propósito é educar o setor com conhecimento de qualidade.

RA: Quem participa e como aconteceu essa seleção de marcas?

Os fundadores são Barrobello, Barro Nobre, Canella, City, Donatti, Ermida, Formigari, Gresca, Da Mata, Mifale, Selecta e TecBrasil. Não houve uma seleção. O grupo se uniu porque percebeu que precisaria atuar em âmbito estadual, focando nos produtos que essas empresas fabricam.

RA: Quem está à frente do projeto?

Constan: Não há uma liderança ou direção definida. As doze empresas, em consenso, traçam os caminhos que o Itacer seguirá. Para questões de mercado, contamos com a assessoria da empresa Wconnect, enquanto para assuntos técnicos, consultamos a Diretoria Técnica da Anicer.

RA: Qual o objetivo do Itacer?

Constan: Nossa missão é desenvolver, pesquisar e compartilhar conhecimentos e tecnologias para alvenaria cerâmica, focando na racionalização dos processos construtivos. Comprometendo-nos a fornecer informações técnicas precisas, promover práticas sustentáveis e capacitar o setor da construção civil com soluções inovadoras.

Através do Itacer, nosso objetivo é que o mercado conheça adequadamente os sistemas construtivos que utilizam nossos produtos e escolha por eles, criando um ambiente favorável aos nossos negócios. Esperamos que o instituto se torne um centro de referência na construção com cerâmica racional, elevando o nível de competitividade e inovação no setor.

 RA: Quais os primeiros passos do Instituto?

Constan: O primeiro passo foi, naturalmente, a criação do projeto e o planejamento de como apresentá-lo ao público de forma ampla e positiva. Isso exige um considerável investimento de tempo e dinheiro, que estamos dispostos a realizar. Os próximos passos incluem a elaboração de material técnico de qualidade e a realização de treinamentos para os profissionais do setor da construção civil.

RA: Como vai funcionar a criação do material técnico? Existem profissionais da construção envolvidos?

Constan: Atualmente, estamos utilizando os materiais técnicos produzidos pelas empresas fundadoras. No entanto, já está em nosso planejamento contratar profissionais que trabalhem e se dediquem a alcançar as metas que estabelecemos para a geração de materiais de qualidade e treinamentos para o setor. Além disso, planejamos parcerias com outras instituições da construção civil, como universidades e associações do setor, o que ampliará nossa rede de colaboração e inovação.

RA: Como os projetos serão financiados?

Constan: Pelas 12 empresas fundadoras

RA: Quais temas pretendem abordar?

Constan: Como o nome já indica, o foco é a alvenaria cerâmica racional, tanto em termos estruturais quanto de vedação. Nesse contexto, abordaremos temas como projeto, execução, manutenção, qualidade do ambiente construído e sustentabilidade, entre outros.

RA: Por que decidiram criar o Itacer?

Constan: Nosso estudo de mercado no estado de São Paulo revelou que os profissionais da construção e o público em geral desconhecem nossa alvenaria e, consequentemente, nossos produtos. Acreditamos que a melhor maneira de combater esse desconhecimento é educar nossos potenciais clientes e parceiros, garantindo um futuro saudável para nossos negócios.

RA: Qual a sua expectativa em relação ao Instituto?

Constan: A expectativa em relação ao Itacer é que ele se estabeleça como uma referência nacional e internacional na promoção de práticas sustentáveis e eficientes no uso de blocos cerâmicos na construção civil. O Instituto está determinado a impactar positivamente o setor, elevando os padrões técnicos e incentivando a adoção de materiais mais sustentáveis que garantam um desempenho térmico e acústico superior. Além disso, o Itacer tem a firme intenção de educar e capacitar os profissionais da área, disseminando conhecimento técnico atualizado e colaborando com universidades e centros de pesquisa para promover inovação contínua.

 RA: Vão fechar parcerias com outras instituições da construção?

Constan: Nossa ideia inicial é realmente focar em faculdades, centros de pesquisa, associações e outras instituições por aí. Temos a certeza de que juntar pessoas bacanas cria uma energia positiva, ajudando bastante na realização da nossa missão. Agora, estamos concentrados em organizar nosso instituto, que ainda está começando, mas temos a firme crença de que ele vai ter um futuro maravilhoso.

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