Hoje é:22 de novembro de 2024

Se você não está (do jeito certo) na web, parabéns, você está perdendo dinheiro

Por Ed Wanderley

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

R$ 2 mil em encomenda aqui, opa, quase… ih, perdeu. Seria seu, mas vacilou. E nem foi roubo numa rua do Rio de Janeiro, foi incompetência sua mesmo. Sim, sua. Quanto à identidade virtual que você ou sua empresa (não) estão exibindo na internet. Grosso? Não, amigo, sou teu amigão sincero, com conselho de graça, não tua carinhosa mãe. Antes que você diga que isso não é para você, deixe-me perguntar quantos de seus clientes passam 4h ou mais em sua loja e quantos deles já te procuraram e você sabia, nos primeiros passos que eles deram, o que eles desejavam e já sabia a estratégia certa para vender para ele?

Pois bem, no Brasil, somos 130 milhões de usuários e passamos no mínimo quatro horas diárias conectados. Boa parte delas, nas redes sociais. “Ah, mas esse não é o público que compra meu produto”. Amigo, tem gente online comprando seixo, ossos de galinha e até pasta de dente, mesmo que seu produto seja um foguete, é na internet que o público-alvo vai se informar antes de efetuar a compra.

O problema, em especial em empresas familiares, é que o brasileiro sofre de uma doença identificada como familiari incompetentis, cujo sintoma mais comum é reconhecido sempre que se profere “Junior faz; meu sobrinho”. Nome e parentesco não é bem o determinante aqui, mas você entendeu. É preciso ser profissional. Onde você buscou uma assistência técnica pela última vez? Onde leu informações sobre o último celular que comprou? Viajou e não sabe onde comer, buscou onde? Pois bem, se você sabe as respostas como consumidor, tem que se colocar do outro lado e ser achado.

Se você não tem site e perfil nas redes sociais, você não existe. CNPJ e RG valem mais nada, amigo, saia daqui, você não existe, quero nem falar com você. Mas bem-vindo à chance de nascer novamente, em pleno 2020. De acordo com a pesquisa Social Media Trends 2019, divulgar a marca é o motivador de 53% do público profissional. Para 44%, a ideia era engajar o público com a marca. E essas são as duas questões essenciais no modelo de negócio que se apresenta a todo instante e você insiste em fingir que não é com você.

Quando eu, que você não conhece, digitar no Google um produto que você vende ou o nome da profissão que você desempenha, junto à cidade em que atua, eu preciso encontrar você nas primeiras páginas. Quando eu encontrar, preciso ter todas as informações, não apenas dos produtos, mas de como tirar dúvidas, de como chegar até você física e virtualmente (leia-se endereço, e-mail, formulário de questionamentos, solicitação de orçamento, link direto para um WhatsApp em que alguém não leve três partidas de futebol para responder).

Se meu prazer são redes, quando eu fizer a mesma busca, tenho que ver uma postagem sua, que não seja de meses atrás; ela deve ser colorida, chamativa, engraçada ou útil para aquela busca que eu fiz. Eu não vou te curtir só porque você existe. É sua obrigação existir. E existir bem, com movimento recente, conteúdo interessante naquela área, depoimento ou dicas de especialistas, promoções que apenas quem te segue ali tem acesso. Negociar, hoje, é liderar comunidades. Criá-las, diariamente, não é apenas um desafio, mas uma estratégia de longevidade empresarial.

Antes que você me venha chorar as pitangas que não tem dinheiro para pensar nisso agora, deixe-me dizer que há um sem número de ferramentas digitais que permitem criar sites e posts interessantes usando recursos gratuitos. Aproveito para lembrar que investimento com rápido retorno não é gasto e desperdício. Não entendeu ainda? Então vai conversar com Júnior. Vocês dois podem se ajudar, abraçados, quando, em questão de pouco tempo precisarem atualizar o currículo.

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Ed Wanderley é repórter e escritor, natural de Pernambuco, destacado entre os 100 jornalistas mais premiados do Brasil. Torcedor do Sport e entusiasta da lógica de que quando a informação não é o bastante, só o humor salva.

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