Por Juliana Meneses | Imagens: Divulgação @andressaalvesarquitetura e @karinecrispimarquitetura
Com a pandemia e o isolamento social, grande parte dos trabalhadores se viram diante do home office para executar suas funções de forma segura. Muitas famílias passaram a ficar mais tempo em seus lares e com isso, perceberam melhorias que poderiam ser feitas para adaptar essa nova realidade de estudar, trabalhar e passar o tempo livre em casa.
A importância do lar foi ressignificada, o valor de casa e dos cuidados com cada ambiente cresceu, fazendo com que o interesse por realizar pequenas modificações que tornassem os locais mais agradáveis e acolhedores fossem uma tendência crescente na arquitetura este ano.
Para a arquiteta Andressa Falcão, esse tempo em casa tem sido um momento importante para aqueles que têm oportunidade de investir em seu lar, tornando-o mais confortável e funcional. “O momento da pandemia trouxe muitas incertezas, ocorreram muitas mudanças bruscas nas relações pessoais, no trabalho e na rotina de vida. Com isso, a rotina dentro de casa se tornou um fator primordial para que fosse repensado cada espaço a fim de gerar conforto e funcionalidade. Hoje, com aproximadamente seis meses de reclusão, o mercado de reforma e ambientação está muito aquecido”.
A arquiteta destaca que os principais pedidos de seus clientes neste período estão ligados à funcionalidade e ao lazer. “Adaptar um espaço confortável para home office, mas sem abrir mão de uma varanda integrada, para construir novos laços e rotinas entre os membros da família”.
Em seus projetos desenvolvidos no decorrer desses seis meses, desde que começaram as medidas de isolamento social, Andressa e sua equipe tomaram algumas medidas para minimizar o contato com os clientes, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS, no que diz respeito as etapas que antecedem a prática do projeto, como idealização e concepção.
“Adotamos um processo que chamamos de consultoria online. Fazíamos reuniões online e o cliente passava todas as informações possíveis – fotos, vídeos, medidas, planta do imóvel -, e com essas informações, preparávamos o projeto e as imagens em 3D. Com isso, fazíamos reuniões também com algumas lojas que estavam trabalhando desta forma. Acredito que esse tipo de nicho do mercado vai continuar, pois essa ferramenta também facilitou muito o andamento do projeto, reduzindo o tempo de deslocamento para as reuniões”.
Já a arquiteta Karine Crispim, conta que surgiram, principalmente, projetos de consultorias. Espaço gourmet, salas, varandas e quartos de casal, neste período de isolamento social. As famílias estão interessadas em investir nas melhorias que deixem suas casas mais confortáveis para o convívio coletivo que não tem prazo para ser minimizado, então sentir-se bem em casa tem sido uma prioridade.
“Os clientes queriam mudar os espaços, obtendo mais aconchego, funcionalidade e beleza. Eles queriam mudar a “cara” do ambiente, estavam cansados da monotonia. Observam nesse período os ambientes com desgastes, desatualizados e sem vida”.
A arquiteta afirma que ela e sua equipe tomaram todo o cuidado para que o trabalho pudesse ser feito de modo que garantisse a preservação dos clientes e dos funcionários. “Tivemos mais reuniões online. Visitas à obra, quando liberado, foram pontuais. Nos contatos presenciais, usamos álcool, máscaras e na medida do possível mantivemos mais distância. O que mais observamos foi a preocupação de todos sobre estados de gripe e quando se apresentava sintomas, evitamos sair”.
Deixe um comentário