Hoje é:14 de novembro de 2024

Facebook, Instagram, discurso de ódio e o dilema das redes

Por Gabriel Medeiros

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Há exatamente um ano, uma série de áudios de reuniões do conselho de Mark Zuckerberg foram vazados na mídia e você sabe o que mudou de lá pra cá? Nada.

Se você usa o Instagram como fonte ou canal de renda pra sua empresa, você ainda tem motivo para lembrar dessa ocasião. Imagina que você recebe uma renda fixa e, do nada, essa fonte comece a sofrer sanções e punições na justiça. Se você hoje gera 1 real pelo Instagram, comece a se inteirar dos fatos.

Todo mundo que gera alguma grana no Instagram tem a ver com o áudio vazado no theverge.com. O Facebook (dono do Instagram) vem sofrendo pressões políticas cada vez maiores e numa eventual alternância de poder na presidência dos EUA, isso pode acabar mexendo com o seu bolso. E não adianta ir correndo desesperado para o Telegram, nossa dica é: se adeque às novas regras.

Nos áudios da reunião de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, com seus colaboradores, mostra muito das estratégias da empresa – o principal tema da agenda envolveu Elizabeth Warren. Na época, a democrata e pré-candidata à sucessão de Donald Trump era crítica assídua das gigantes de tecnologia e do Facebook em particular. Ela defende que a empresa seja desmembrada para que seu poder fique sob controle.

Parte do que o Zuck disse: “Bem, estou preocupado que alguém tente desmembrar nossa empresa” – e aqui, ele faz parênteses para agradecer por viver nos Estados Unidos: “Devo dizer que uma das coisas que mais amo e aprecio em nosso país é que temos um estado de direito realmente sólido, diferentemente de muitos outros lugares do mundo.” E continua: “Se ela (Warren) for eleita presidente, aposto que vamos ter um desafio legal. Aposto que venceremos esse desafio. E isso ainda seria ruim para nós? Sim. Apenas desmembrar essas empresas, seja Facebook, Google ou Amazon, não resolverá realmente os problemas. E, você sabe, isso não torna menos provável a interferência eleitoral. Isso não torna menos provável o discurso de ódio…” .

Passado um ano, Trump não se reelegeu, todo mundo já esqueceu de Elizabeth Warren, mas o Instagram continua sendo sabatinado sobre monopólio, controle do discurso de ódio e principalmente sobre a polarização extremada.  As regras do jogo vão continuar mudando pra você, lá na ponta, que sobe conteúdo pra vender o seu produto ou o serviço. Releia e revise antes de postar qualquer conteúdo no Instagram da sua marca, não só o seu cliente, mas o Instagram também está de olho em você.

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Publicitário, estrategista de marketing, ex-diretor de comunicação do Governo do Rio de Janeiro, e sócio da agência Bartô publicidade, especializada em conteúdo e digital.

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