Hoje é:24 de novembro de 2024

A busca do significado de tudo na rede social

Por Gabriel Medeiros

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

O místico e o esotérico sempre transitaram em várias camadas da sociedade. A crença e a fé no inexplicável ou no quase explicável estão caminhando conosco há centenas de anos.

E por que essas duas pautas tiveram tanta ascensão na rede social?

Bom, vamos analisar os movimentos.

A fé que você usa para jogar na loteria é a mesma que te faz crer que 22/2/22 pode abrir um portal de uma era mais positiva. Ciclos de fé e pensamentos num futuro melhor motivam o ser humano, isso é normal. O problema são as ligações esquizofrênicas para provar por a+b que números alinhados com planetas e signos convergem todos juntos para criar uma porta da esperança mundial, isso o Silvio Santos já tinha feito em 1990, com mais assertividade até.

O Instagram abriu uma janela enorme para esse mundo, acredite, o perfil @astroloucamente tem espantosos 4,4 milhões de seguidores e talvez não seja o maior perfil do assunto na rede.

Perfil esse que toca com muito humor as suas teses e versões dos fatos.

O que antes era oculto e misterioso agora é humor

Antes da rede social, você só assistia sobre o assunto na TV ou no YouTube. E isso tinha um peso, os vídeos eram sempre meio baseados no ocultismo, pessoas com roupas duvidosas, cenários de fundo estranhos e se você concordasse com aquilo, sentia o peso de ser alguém daquela comunidade meio bizarrona.

Se você já clicou no perfil do parágrafo acima, sentiu que o Instagram botou uma leveza no assunto, apesar de ainda não fazer muito sentido aquele monte de número e teoria meio solta, talvez essa seja a melhor maneira de digerir o assunto. O humor vence!

Sendo mais leve, muita gente se sentiu à vontade para falar do assunto, fazendo milhares de conteúdos em tom de ensinamento ou até desabafo, passando à frente a sua opinião e fazendo a roda de conteúdo do Zuck girar.

Publicitário, estrategista de marketing, ex-diretor de comunicação do Governo do Rio de Janeiro, e sócio da agência Bartô publicidade, especializada em conteúdo e digital.

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