Hoje é:3 de dezembro de 2024

A primeira grande queda dos gigantes Facebook Meta, Twitter e Amazon

Por Gabriel Medeiros

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

11 mil demissões no Meta. 7 mil no Twitter. 18 mil na Amazon.
O que aconteceu com cada um desses players?

Antes de entender cada caso é necessário entender os custos de aquisição de um produto ou serviço digital. Está caro! Um investimento de mil reais em 2015, fazia uma exposição e venda que hoje 15 mil reais não fazem. Google ads está caro! Face ads está caro! Até o anúncio no LinkedIn está caro (e muito, por sinal).

Para entender no mundo real: em 2015 por mil reais você comprava um outdoor, em 2023 compra um pedacinho no jornal de bairro. Ninguém te vê. Está difícil vender.

Então, na Amazon o custo de aquisição de um novo usuário para vender um celular, que antes custava 3% do valor do produto, hoje custa 12%. As margens estão cada vez menores para quem vende e a concorrência está cada vez mais aberta para quem compra.

A Amazon cresceu absurdamente na pandemia, todo mundo fazendo pedidos sem poder sair de casa e essa realidade acabou, então são dois aliados nessas 18 mil demissões, menos entregas e menos margem por um custo de aquisição de usuário alto.

Facebook: há 8 meses, aqui nesta coluna, escrevi sobre o “último grande tiro do Zuck” no metaverso. Risco muito alto de baixa adesão por excesso de tecnologia, por necessidade de um óculos caro de imersão e nem todo mundo tem tempo pra viver duas vidas. Uma aqui e outra no metaverso. A vida é boa aqui!

Com 15 bi investidos (com dinheiro dos outros) a tacada ficou monstruosa, fez água e ainda tomou uma notificação em nome dos investidores sobre a falta de comunicação e transparência sobre qual a utilidade comercial do metaverso e, caso tenha, quando seria? Dois dias depois da notificação dos investidores, veio o anúncio das 11 mil demissões. Foi um recado do Zuck ao mercado: “desculpa, eu errei e estou dando mais valor ao dinheiro de vocês”.

Twitter: louco de pedra, mas com um posicionamento forte – “se existe parcialidade em grandes canais de audiência, então teremos aqui também” -, claramente, o Elon Musk está limpando as tendências de regulação da plataforma com viés de positivar a política de direita.

Claramente partiu para a pancadaria com a esquerda e esses 7 mil funcionários podem ser de uma máquina inchada nesses últimos anos pelo viés de esquerda. Mas, repito: é maluco! Tudo pode acontecer nos próximos meses de 2023.

Publicitário, estrategista de marketing, ex-diretor de comunicação do Governo do Rio de Janeiro, e sócio da agência Bartô publicidade, especializada em conteúdo e digital.

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