Por Manu Souza | Imagens: Divulgação Cerâmica Donatti
Fundada em 16 de março 1976, a Cerâmica Donatti está localizada em Jundiaí (SP) e fabrica blocos estruturais, de vedação horizontal e canaletas. Com a colaboração de 35 funcionários, a fábrica tem uma produção mensal de aproximadamente 3.200 toneladas.
A cerâmica, que leva o sobrenome da família, carrega a tradição da argila desde a sua origem. “Foi fundada por meu avô, João Donatti, e seus dois irmãos, Antônio e Sebastião, que compraram uma fábrica de pisos e a transformaram em fábrica de tijolo furado. Após algum tempo, meu avô assumiu a fábrica sozinho, junto com seu filho e filha, Claudio e Claudete”, conta o Gerente Administrativo, Murilo Fonseca Donatti.
Hoje, a cerâmica é comandada por dois diretores principais, Claudio Donatti e Maria Claudete Donatti Cecchini e conta com a gestão de Murilo Donatti, Fabricio Donatti e Diego Cecchini. A indústria atende a região de São Paulo (capital) e interior, próximo a Jundiaí em um raio de aproximadamente 100 km.
De olho na responsabilidade ambiental, a fábrica queima seus produtos apenas com cavaco de eucalipto e madeira reciclada. Além disso, possui planos de recuperação de áreas de extração, conforme escopo aprovado pela CETESB SP. Já seu parque fabril funciona com máquina de extrusão – Monobloco Natreb 450 -, um secador rápido de taliscas e queima com três fornos móveis, via CLP.
Com foco na qualidade do material produzido, a Cerâmica Donatti mantém o selo do PSQ do seu bloco estrutural 14x19x29 e destaca que existe a intenção em ampliar esse quadro. “Para esse ano de 2024, a intenção é qualificar mais um produto da linha estrutural”, explica Murilo.
Recém-atestada pelo selo do PSQ, a Revista da Anicer conversou com o representante da Cerâmica Donatti, Murilo Donatti, que contou tudo sobre as metas e planos para utilizar o selo como argumento de vendas nos próximos meses.
Quais foram os principais resultados alcançados com o PSQ?
Além, claro, de poder oferecer um produto com certificação, também tivemos a oportunidade de organizar e adaptar toda a fábrica e os processos produtivos para alcançar essa certificação. Como todos os nossos produtos saem da mesma planta de produção, hoje nos sentimos mais preparados para certificar os demais produtos. Então, não foi apenas um produto certificado, mas sim praticamente toda a planta de produção.
O que levou a empresa a participar do PSQ?
Há anos estamos nos adequando e nos preparando para essa certificação. A necessidade em oferecer produtos que atendam as normas técnicas sempre foi uma preocupação. Por isso, a certificação no PSQ sempre esteve em nosso radar. E agora, após as devidas reestruturações na fábrica, ficou claro que era o momento de certificar os produtos.
Como é integrar o rol de cerâmicas que tem PSQ em todo o Brasil? Isso aumenta a responsabilidade da empresa?
É um privilégio saber que agora o nome da Cerâmica Donatti faz parte desse rol. A responsabilidade pelos produtos fabricados sempre existiu e deveria existir em todas as fábricas, inclusive não certificadas. Mas agora, levando o nome e o peso do certificado em nossos produtos, com certeza aumenta nossa preocupação em manter o que foi conquistado.
Como a qualidade é trabalhada dentro da empresa?
A principal forma de trabalhar o controle da qualidade é por meio do controle dos processos produtivos da fábrica. Extração da argila, sua mistura e composição, granulometria, preparação e extrusão, secagem, queima e expedição, são os principais processos que mantemos controle. Cada um deles é estudado e alinhado para se obter o resultado esperado. Fora o controle dos processos, há aproximadamente 04 anos iniciamos uma reestruturação no parque fabril e o acompanhamento de um consultor para auxiliar-nos e ensinar a manter os processos controlados.
O que a empresa representa economicamente para o município em que está sua sede?
Para a cidade como um todo nossa representatividade é relativamente baixa. Estamos em Jundiaí/SP, cidade que se tornou referência em qualidade de vida para seus cidadãos, o que trouxe muita notoriedade e grandes indústrias para a cidade, o que nos faz competir em relatividade com grandes multinacionais. Mas, no ramo de cerâmica vermelha, hoje somos referência na aplicação de novas tecnologias, principalmente na área de secagem dos materiais.
Pretende ampliar o parque fabril ou conquistar outros mercados?
Não temos intenções de ampliação. Acreditamos que bons resultados não venham apenas com grandes produções, mas sim com uma gestão bem definida e controlada. Então, nosso principal objetivo é sempre aprimorar nossa gestão de fábrica, trazendo os melhores resultados com o que já temos. Quanto a novos mercados, acreditamos que a certificação nos dê essa possibilidade, e é claro que ela será explorada no momento certo.
O que faz para enfrentar a concorrência?
São três pilares bem definidos que mantemos com cuidado: atendimento, qualidade e preço. Mantendo esses três pilares alinhados com as expectativas do mercado, conseguimos nos manter presentes, mesmo com a concorrência.
Qual a sua expectativa – em relação a marketing e vendas – com a obtenção do PSQ?
A melhoria na imagem do produto e percepção de qualidade pelo cliente aumenta com a obtenção do PSQ. Poder dizer aos clientes que nosso material é certificado a nível nacional, é um diferencial que, sozinho, ajuda a vender. Alinhado com as ações que já temos em andamento no marketing, não resta dúvida que o PSQ veio para agregar valor e peso a essas ações.
Quais as metas para os próximos meses?
Em nível de PSQ, nossa intenção é certificar todos os principais materiais da linha estrutural. Então, para esse ano, estamos planejando mais uma qualificação.
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