Por Manu Souza
Desativada desde 1970, uma antiga fábrica de cerâmica, localizada em Rimini, na Itália, e construída em 1908, foi totalmente reformada pelo arquiteto italiano Pietro Carlo Pellegrini.
A antiga Cerâmica Riccione, estava demarcada com a metragem de 40 mil metros quadrados, que o arquiteto projetou para abrigar uma escola secundária de dezoito salas, um teatro multiuso de 650 lugares e um edifício comercial, tudo isso, aproveitando as possibilidades espaciais e mantendo as formas históricas e originais do local, minimizando ao máximo o impacto ambiental.
Na sequência de um processo de “adição”, o projeto aspira a uma certa continuidade com a história, não tanto em termos de estilo, mas na linguagem de composição, permitindo a transformação das obras no tempo, sem que a renovação possibilite que a estrutura perca a sua identidade .
Externamente, o prédio foi recoberto por fachadas ventiladas de cerâmica, utilizando um material tradicional em uma forma inovadora e trazendo uma unidade para toda a intervenção, caracterizado por uma multiplicidade de condições pré-existentes e ao mesmo tempo mantendo a alvenaria da construção. Esse recurso, possibilitou uma melhor ventilação e maior claridade às áreas internas do local.
Em todo o projeto, percebe-se que o material mais utilizado é a cerâmica vermelha, escolhida como forte evocação à história da antiga instalação e dos elementos que já faziam parte da composição. Além disso, a sua cor serviu de referência para a elaboração total do projeto. Por isso, a versatilidade dos materiais cerâmicos está muito presente no resultado final da obra.
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