Hoje é:21 de novembro de 2024

O fracasso do modelo de agência tradicional para operacionalizar a invasão dos sites de aposta em 2023

Por Gabriel Medeiros

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

Nos primórdios dos anos 2000 você ouvia Backstreet Boys e acessava internet em modem discado, com conexão gratuita, da meia noite às 6 da manhã. Vinte anos depois, muita coisa mudou. Os navegadores evoluíram, a internet virou fibra ótica, os aplicativos chegaram (e já estagnaram) e o site continua aí, sendo canal de informação para ao menos 30% dos acessos de usuários no mundo.

Bem, apesar de quase ser coisa do século passado, dentro do nicho de aposta online, o domínio dos sites é total em relação aos aplicativos. Isso porque enquanto a regulamentação não sai, todos os sites de aposta só podem operar via navegador. Leia-se: “proibidos na Apple Store e Play Store”.

Mesmo com esse obstáculo, as projeções de investimento na virada do ano continuam caminhando para os bilhões e a notícia triste é: as agências vão tratar o seu negócio do mundo bet como tratam uma marca de refrigerante.

As verbas estratosféricas de 2022 não se traduziram em setores qualificados nas agências para operar um business tão específico.

A operação de marketing das casas de apostas vai muito além da entrega das agências padrão. É um nicho de resultado, leis, comunidade e cultura própria. E no resultado estão envolvidas várias frentes: Tecnologia White Label e proprietária, mídia OOH, legislação do jogo, tráfego digital, pesquisa, rede de influencers e marketing de comunidade.

Hoje, os grandes empresários do setor que escolheram as suas agências ficaram reféns em entregar o seu orçamento de publicidade sem saber exatamente pra onde o dinheiro está indo. “Bota o Galvão Bueno de embaixador por 3 milhões e vamos ver no que dá”.

A grande parte que ainda está em dúvida de quem vai suprir o orçamento acaba fechando com uma agência para cada frente: uma digital, uma para OOH, um escritório de direito (genérico) e ainda corre por conta própria atrás da plataforma de site que atenda ao fluxo gigante dos apostadores.

Não existe saída barata e, sim, a mais eficiente.

Quem sabe, um grupo que controle Bet, legislação e mídia dentro de um conselho de consultores unificado, não seja a solução plena para as casas de aposta?

Olhos atentos em 2023.

Publicitário, estrategista de marketing, ex-diretor de comunicação do Governo do Rio de Janeiro, e sócio da agência Bartô publicidade, especializada em conteúdo e digital.

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