Hoje é:19 de setembro de 2024

Pilares

Por Emil Sanchez

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O dimensionamento dos pilares não armados submetidos à flexo-compressão, para índice de esbelteza inferior a 24, de acordo com a NBR16868:2010, deve resistir à força de compressão, , prescrita no item 11.2 dessa norma. O item que aborda o dimensionamento desse tipo de pilar também apresenta prescrições relativas às paredes.

As tensões normais na seção transversal podem ser obtidas por superposição das tensões devidas à compressão centrada e às originadas pelo momento de flexão. A envoltória de tensões para essa premissa é dada por

onde

Nd=força normal de cálculo;
Md=momento de flexão de cálculo;
fd= resistência à compressão de cálculo da alvenaria;
A=área da seção resistente, sem considerar os revestimentos;
W=módulo de resistência da flexão da seção, valor mínimo;
R=coeficiente redutor devido a esbelteza do elemento;
K=fator que ajusta a resistência à compressão na flexão.

Sobre o fator K essa norma prescreve que quando a flexão ocorre fora do plano da parede se adota K=1,5 para trecho não preenchido com grout, mas no caso de pilar seus septos devem ser totalmente preenchidos, o que não está escrito no item relativo a essa prescrição. Quando a parede, não relata sobre o pilar, está totalmente preenchida com grout se adota K=2. É de se supor que para os pilares deve ser adotado K=2, pois os pilares não armados devem ser totalmente preenchidos com grout. Assim, a área da seção resistente deve ser a área total da seção preenchida.

A adoção de K=2 para os pilares gera um valor menor na razão relativa ao momento de flexão, . No cálculo da força normal resistida pelo pilar, ao se considerar a compressão axial, , se adota um coeficiente redutor 0,9, então se constata que a expressão da envoltória foi obtida para paredes. Sem essa redução se tem um valor menor para a razão relativa à força normal.

No Estado Limite Último as tensões normais de tração são limitadas à tensão de tração da alvenaria .

Mestre e Doutor em Engenharia Civil, pesquisador visitante da T.U. Braunschweig/Alemanha, professor titular aposentado da Universidade Federal Fluminense, membro do ACI, PCI, FIB, IABSE, IBRACON e ABCM. Publicou mais de 250 trabalhos (artigos em congressos e periódicos, autor de 4 livros, organizador de 3 livros com autoria de 9 capítulos, e teses).

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