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Ponte vermelha

Castelo medieval da família Scaligera, construído por ordem de Cangrande II Della Scala, é atualmente o lar do museu cívico

Por Juliana Meneses sob a supervisão de Manu Souza | Imagens: Vvlasenko, Zairon, Lo Scaligero , Divulgação

Localizado em Verona, na Itália, o Castel Vecchio, originariamente chamado de Castello di San Martino in Aquaro, foi construído pela notória família Della Scala em 1354, na atual Piazza dei Signori, contrapondo-se à cidade para exercer maior controle sobre os cidadãos e garantindo uma fuga para o norte em caso de revoltas. Seu nome inicial era em virtude da igreja que havia ali antes da invasão de Napoleão Bonaparte, que deu ordem para destruí-la.

Somente em 1924 a direção dos Edifícios e Monumentos do Estado Italiano deu início ao processo de restauro, que apesar de todo estrago causado pelo uso militar e pela degradação do tempo, permanecia edificado. Durante a segunda guerra mundial o castelo medieval sofreu ataques que destruíram sua parte estrutural e a ponte sobre o rio Ádige, contudo, após o final da guerra houve um período de restauração em toda Itália, com o intuito de trazer de volta a história que é passada por meio da arquitetura, preservando o máximo possível das estruturas originais, o que incluiu o restauro do Castel Vecchio, que foi reaberto em 1964 ao público como museu.

A fachada principal teve seu layout de tijolos cerâmicos existente substancialmente mantido, que se preservou ao longo do tempo. O Castelo é dividido em duas partes, sendo a leste cercada por muros e por sete torres, incluindo uma torre de 42 metros, e para oeste o palácio residencial.

Após o trabalho de restauro, realizado pelo arquiteto Carlo Scarpa, o Castelo recebeu então o status de Museu Cívico. Expondo uma coleção permanente de pinturas, esculturas, armamentos antigos, cerâmicas, trabalhos em ouro e outras obras de arte, exibindo importantes coleções de arte medieval, renascentista e moderna, sendo hoje um dos museus mais importantes da cidade de Verona.

*Publicado originalmente na Revista da Anicer 117.

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Juliana Meneses é jornalista na Anicer.

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