Por Carlos Cruz
Nos próximos dias 17 e 18 de novembro, a Anicer realizará a 49ª edição do Encontro Nacional da Indústria Cerâmica, reunindo profissionais do setor, associados e marcas parceiras. O evento, que acontece de forma online e também presencial no auditório do 4º andar da Firjan, no Rio de Janeiro, é a oportunidade perfeita para os participantes que desejam conhecer mais o setor, fazer networking e fechar negócios e parcerias. Durante o encontro, serão realizados fóruns, treinamentos, consultorias e até mesmo um espaço para aproximar compradores e vendedores.
Na edição deste ano, os temas escolhidos para os fóruns estão com uma proposta diferente. As palestras irão tratar de assuntos atuais e tendências, preparando os participantes para os mais diversos cenários futuros.
Para você ficar por dentro de tudo que vai ser abordado durante os dois dias do encontro, conversamos com os palestrantes dos quatro fóruns, que adiantaram os tópicos que serão discutidos.
Confira abaixo!
17 de novembro
14h30: Cenário para o mercado da construção civil pós-eleições – Rodrigo Navarro | Presidente da Abramat
Os resultados das eleições certamente revelam possíveis tendências para o futuro da construção civil. Para que sua empresa esteja preparada para os próximos rumos do mercado, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro, falará sobre as perspectivas para o próximo ano, a partir do que aconteceu em 2022. De acordo com o presidente, as mudanças que estão ocorrendo e a questão eleitoral impactam o setor de diversas formas. “A ideia é falar de perspectivas para a nossa indústria de materiais de construção à luz dessas mudanças que estão acontecendo no ambiente externo”, afirma.
Navarro conta que a palestra também irá explorar as realizações e conquistas já obtidas pelo setor. “Uma das grandes realizações deste ano, mesmo considerando a pandemia e o pós-pandemia, foi o lançamento, pelo governo, em conjunto com o setor privado, do programa Construa Brasil, que tem três eixos de atuação: o primeiro deles, de desburocratização; o segundo, de digitalização; e o terceiro, de construção industrializada. Vou abordar um pouco isso também, sobre esse programa e o que isso traz de impacto para todo o setor”, explica.
A grande importância de falar sobre o tema, segundo Navarro, é que o evento acontece justamente em um momento em que as empresas estão se planejando para o ano seguinte. “Nesta data, a gente já vai ter um quadro político formado para que a gente possa se preparar para um ano de muito trabalho, que vai ser em 2023. Vai ser interessante a gente falar disso e, particularmente no caso do Construa Brasil, é uma proposta que a gente fez de ter a continuidade deste programa”, explica.
O trabalho será de aprimoramento e continuidade de temas que evoluíram durante a pandemia, momento de muitos problemas e muitas conquistas, de acordo com o presidente da Abramat. “Marca do saneamento, a questão do Building Information Modeling, do BIM, a questão do reconhecimento da nossa atividade como essencial, isso durante a pandemia, que levou a uma conquista das lojas ficarem abertas. Um balanço, um pouco olhando para trás, mas também com base no que a gente vai ter em mãos nesta data, o que a gente pode fazer para frente e o que a gente quer pleitear”, diz.
16h: Metaverso e as novas tecnologias – Como preparar o seu negócio?- Chase D. Olson | CBO & Founder da Smart Sky Tech Hub
O metaverso pode parecer tema distante do setor construtivo. No entanto, cada vez mais, essa nova realidade irá impactar, de diferentes formas, as indústrias do segmento. O mercado está em constante mudança e, para se adaptar a ele, as empresas devem estar preparadas com o máximo de conhecimento e de práticas inovadoras. O CBO e fundador da Smart Sky Tech Hub, Chase D. Olson, irá tratar desse assunto de forma mais aprofundada. De acordo com Olson, a onda do metaverso ainda está muito focada em experiência do usuário, marketing, entretenimento e gamificação, mas existem muitas outras aplicações e valor agregado no que se refere à gestão de acompanhamento de avanço, de controle e qualidade.
O CBO da Smart Sky reitera que, atualmente, a ideia de gêmeos digitais é vista sempre ao lado das engenharias, enquanto o metaverso é relacionado à área de programação e engenharia da computação. Ele reitera que ainda há uma lacuna muito grande entre esses dois segmentos. “Nós queremos fechar esse gap, porque entendemos que, quando um espaço metaverso vem a partir de um gêmeo digital georreferenciado, a utilização aumenta significativamente, podendo, por exemplo, fazer a captura de realidade de um empreendimento, modelar esse empreendimento a partir do número de pontos em Softwares 3D, como o revit, a partir do gêmeo digital, colocar isso num espaço virtual, em um metaverso como o Unity One Real e, a partir de conexão com soluções como Visual Life, uma solução de realidade aumentada, que foi desenvolvida no Arizona, nós conseguimos levar o BIM, levar o modelo para a obra, visualizando ele com realidade aumentada em escalas georreferenciada, podendo inclusive dizer e fazer acompanhamento do “As built vs. As Projetado”, exemplifica.
Durante o fórum, o executivo irá explorar a ligação entre gêmeos digitais e o metaverso, seus ganhos e a relação do metaverso com a engenharia. “Nós, da engenharia, temos a capacidade hoje de utilizarmos soluções do metaverso de uma forma que agrega valor na operação, que mitigue os riscos e melhore as nossas margens operacionais”, conclui.
18 de novembro
14h: Mercado e Tecnologias para uso de Biomassas – Andrea Lopes | Especialista em Meio Ambiente da Firjan
Com os constantes relatos a respeito da falta de biomassas e do encarecimento desses produtos, é importante que sua empresa esteja preparada para optar por diferentes alternativas e conhecer os mais diversos cenários. A especialista em meio ambiente da Firjan, Andrea Lopes, reitera a importância das fontes de energia para a competitividade das indústrias do setor. “Tanto a fonte de energia como a sua utilização de forma eficiente são fundamentais para garantir a sustentabilidade do negócio”, afirma.
A especialista explica que a biomassa se destaca nesse contexto, já que é uma fonte de energia renovável que contribui para uma economia de baixo carbono. “Para evoluirmos nesse caminho, precisamos impulsionar a silvicultura econômica, além de buscar novos mercados e tecnologias de biomassa para o setor”, considera.
15h30: ESG – Como esta sigla impacta no seu negócio – Fernanda Belizário | Engenheira Civil, Mestre e Doutora em Engenharia de Construção Civil e Urbana.
A governança ambiental, social e corporativa (do inglês Environmental, social, and corporate governance – ESG) é um assunto que tem sido cada vez mais falado dentro das organizações. Mas é importante entender a real importância dessa abordagem dentro das empresas.
A engenheira civil Fernanda Belizário, em sua palestra, pretende sair do âmbito teórico e focar na parte prática da ESG. “A abordagem que eu estou pensando em dar para a minha apresentação é um pouco mais em relação ao uso de indicadores, porque quando a gente fala sobre essas questões de ESG, tem bastante material de ordem qualitativa, bastante coisa de conceito. Mas para a gente efetivamente conseguir evoluir, no sentido de ter um maior grau de sustentabilidade nas operações, é necessário que a gente tenha métricas para mostrar se a gente está no caminho certo ou não”, explica.
De acordo com Fernanda, atualmente, existem muitas métricas que podem auxiliar as empresas na gestão, o que promove a sustentabilidade e outros itens, como a redução de custos. “Um exemplo que eu pretendo dar é com relação à emissão de gases de efeito estufa. Isso está muito em alta hoje em dia por conta desses compromissos que a gente vê na mídia, de netview, até 2050, Acordo de Paris, enfim, uma série de compromissos que está sendo estabelecida por nações e por empresas de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa”, conta.
A importância dessa questão para o setor cerâmico se dá, segundo a engenheira, porque os processos de produção das indústrias do ramo, em geral, consomem combustível, e os combustíveis fósseis emitem CO2. “Melhorar a eficiência energética do seu processo permite que você reduza as emissões de CO2, e aí você consegue codificar isso e isso pode se reverter em ganhos financeiros, seja porque a pessoa está reduzindo o consumo de combustível para produzir a mesma quantidade de produto, porque aumentou sua eficiência, ou seja porque, de repente, conseguiu converter essa redução de emissão de efeito estufa em créditos de carbono, que é uma coisa que está sendo bastante discutida hoje”, explica a palestrante do último fórum.
Fernanda afirma que os participantes poderão entender as principais preocupações quando se trata de ESG e como, efetivamente, isso pode ser colocado em prática no dia a dia da organização.
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