Por Caio Fontoura
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Realizar reformas requer muito cuidado e atenção por duas situações bem delicadas. A primeira se relaciona com aquela conhecida frase “não sei como foi construído, não sei o que está por dentro da construção”. A segunda, também muito comum, é representada por um termo bem curto e perigoso, o famoso “já que…”. “Já que estamos reformando o banheiro, vamos logo reformar o quarto, já que reformamos o quarto, vamos reformar a sala, a cozinha, a piscina…”. Quando vai ver, o dinheiro acabou e seu imóvel está depenado.
Se você quer evitar as situações acima, sugiro ler esse texto até o final e conferir as dicas que vou dar para não cair nessas ciladas. Vou tratar de forma técnica alguns controles que podemos aplicar antes e durante a reforma para que você não deixe o barco afundar.
Vamos lá, as primeiras perguntas são: tem projetos? Tem escopo definido? Tem especificação de materiais? Se sua resposta for não para todas elas, nem comece sua reforma, vai “dar ruim!”. A reforma precisa ser definida antes mesmo de ser iniciada e os documentos que mencionei acima são a base para se iniciar o planejamento da reforma.
Com projetos em mãos, o primeiro passo é fazer duas listas iniciais: uma lista contará com todos os materiais que serão necessários para a reforma, a outra lista conterá os serviços que precisam ser contratados, desde a demolição até a limpeza final. São documentos cruciais para levantar o custo total da reforma. Não esquecer de colocar os serviços de carretos, bota-fora, transporte de materiais etc.
Para cada serviço que necessita ser orçado, convide os prestadores de serviços para ir até o local e verificar se tem alguma dificuldade visível, pergunte se teve alguma experiência negativa com uma situação parecida com a da sua reforma. Algumas informações valiosas podem ser adquiridas nestas visitas, além de avaliar a experiência e capacidade técnica do prestador.
Antes de fechar o orçamento, não custa nada sondar as referências do prestador de serviço com outros clientes. Com o orçamento em mãos, é hora de montar as sequências de atividades com seus respectivos pagamentos, o famoso Cronograma Físico/Financeiro. Graças a este documento, conseguimos enxergar quando vamos acabar e começar as etapas da reforma, quando e quanto iremos desembolsar em cada etapa. É o sonho, não é? Saber quando vai acabar e quando e quanto terá que pagar! Percebe como tudo está amarrado desde o projeto?
Projeto, lista de material, orçamento, cronogramas, é hora de começar! Lembre-se que estou falando de documentos básicos de planejamento, mas, a depender de sua reforma, muitos outros terão que ser desenvolvidos (alvará, licenças, procedimentos…).
Quando contratar serviços, lembre-se de contratar por preço fechado, assim evitam-se cobranças adicionais no final do serviço. Não modifique seu projeto na hora da execução a pedido do empreiteiro. Lembre-se que ele teve a chance de fazer comentários na visita, agora não tem mais o que se avaliar. Essa ocorrência pode alterar seu cronograma, seu orçamento e o resultado da reforma. Evite este tipo de avaliação quando já estiver em andamento, salvo se realmente for necessário.
Não se esqueça de incluir, na sua rotina, a conferência do planejado x realizado, este fato é o mais importante para tomar as decisões, pois, não adianta pensar em tudo e depois não controlar, não fiscalizar o que foi pensado. A conferência rotineira vai gerar informações do seu orçamento e do seu prazo real.
Pare para pensar um pouco… tudo que falamos aqui foi baseado no projeto, escopo ou especificação de materiais. E tem gente que ainda pergunta se realmente precisa fazer projetos. A resposta está no texto acima!
Espero ter ajudado, nem que seja um pouco, o seu conhecimento sobre reformas.
Obrigado pela leitura!
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