Hoje é:22 de novembro de 2024

Construção em alta

Sondagem Indústria da Construção, da CNI, registrou alta no índice de intenção de investimento em insumos, contratações e novos empreendimentos

Por Ascom CNI

Os empresários industriais da construção têm registrado metas e expectativas altas para 2024. A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou o maior índice de intenção de investimento desde abril de 2014. O indicador atingiu 47,7 pontos em janeiro de 2024, 3,8 pontos a mais em relação ao resultado de dezembro de 2023, e se posiciona 10,5 pontos acima da média histórica da série.

O otimismo da indústria da construção também aparece no índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas, que chegou a 55,2 pontos em janeiro de 2024, após avanço de 5,1 pontos frente ao resultado de dezembro de 2023. Já o indicador de expectativa do número de empregados na indústria da construção atingiu 55 pontos no mês e avançou 4,8 pontos na mesma base de comparação.

A sondagem mostra ainda que houve avanço de 3,6 pontos no índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços, que então atingiu 54,6 pontos.

“Essa alta no indicador de investimentos está, diretamente, ligada às mudanças dos principais problemas de 2023. Antes, a falta ou alto custo da matéria, por exemplo, vinha prejudicando os planos de investimento dos industriais”, explicou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Empresários estão mais confiantes em janeiro de 2024

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) da construção atingiu 55,5 pontos em janeiro de 2024, após avançar 2,4 pontos em relação ao índice de dezembro de 2023.

O Índice de Condições Atuais, um dos componentes do ICEI, avançou de 47,8 pontos para 50 pontos de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. Como o índice situa-se sobre a linha divisória de 50 pontos, indica uma transição de percepção de piora das condições atuais para uma percepção de estabilidade.

Enquanto isso, o Índice de Expectativa aumentou 2,5 pontos e atingiu 58,3 pontos no período. O afastamento da linha divisória de 50 pontos representa uma expansão mais intensa e disseminada do otimismo entre os empresários industriais.

Entre os diferentes setores da indústria de construção os resultados são homogêneos: todos registraram avanço, além de se posicionarem acima da linha dos 50 pontos.

Taxa de juros elevadas ainda é apontada como maior problema para o setor

No quarto trimestre de 2023, o principal problema relatado pelos empresários da indústria da construção foi o de taxas de juros elevadas, com 27,1% de assinalações. O problema figura entre um dos principais enfrentados pelo setor há oito trimestres, e nos últimos seis trimestres ocupou a primeira posição do ranking.

Embora permaneça na primeira posição, o problema apresenta redução no percentual de assinalações pelo segundo trimestre consecutivo. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023, a queda foi de 5,6 pontos percentuais.

A elevada carga tributária e a falta ou alto custo de trabalhador qualificado foram, respectivamente, assinalados como segundo e terceiro no ranking de principais problemas nesse período.

Condições financeiras da indústria da construção

Os empresários industriais do setor demonstraram satisfação com a situação financeira, que registrou 50,3 pontos no quarto trimestre de 2023, 0,8 ponto acima do terceiro trimestre.

Além disso, os outros indicadores referentes ao assunto revelam menor insatisfação com o lucro, menor dificuldade de acesso ao crédito, e percepção de altas mais moderadas nos preços de insumos e matérias primas no último trimestre do ano.

Mais sobre a Sondagem Indústria da Construção

A Sondagem Indústria da Construção foi lançada em 2010, seguindo os moldes da Sondagem Industrial, e tem como objetivo conhecer a tendência da atividade e as expectativas dos empresários da indústria da construção.

A pesquisa é realizada mensalmente em parceria com 23 Federações de Indústria e conta com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Para esta edição, foram entrevistadas 326 empresas brasileiras, entre 4 e 16 de janeiro.

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