Hoje é:20 de setembro de 2024

Metaverso, o último grande tiro do grupo Facebook

Por Gabriel Medeiros

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

Comercialmente falando, me lembra muito aquelas jogadas de marketing para reposicionar marca antiga: troca o nome e bota lona na fachada com o título “sob nova direção”.

Mas não é só isso. Vai muito além. Acho que ninguém sabe direito como vai funcionar um ambiente tão futurístico como a projeção do novo modelo do grupo Facebook, algo como um universo paralelo desses que a gente já viu em Minority Report.

A questão é que me parece o momento oportuno para mudar os ares da marca (criada em 2008), já que a mudança de tecnologia seria completamente diferente da que temos hoje com o 4G. Ainda falando em tecnologia, seria uma mudança bem mais significativa do que sair do EDGE (2G) para o 3G, que na época também surfou o momento para “matar” a marca EDGE, aproveitando que os celulares se tornaram mini computadores de mão.

O que é o metaverso?

o metaverso é um universo virtual onde as pessoas vão interagir entre si por meio de avatares digitais. Esse mundo será criado a partir de diversas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas etc.

Talvez seja meu primeiro artigo que não faço ideia de como fazer uma previsão de qual será o comportamento das pessoas, e das marcas, depois do metaverso.

O que podemos tentar analisar, como parâmetro, é que bastou o 3G, o espelho e uma câmera para as pessoas se enxergarem com outros valores. Imagina quando existir um avatar seu, em realidade aumentada, se relacionando socialmente com outros. Algo tipo “estar sonhando acordado”, o quanto isso não mexeria com a cabeça das pessoas.

Futilidade e profundidade

A percepção de audiência digital deixou as pessoas mais fúteis e rasas. Mais programadas, menos espontâneas. Pode ser que o metaverso nos transforme em robôs escravos da tecnologia e na outra ponta os robôs cada vez evoluam mais para serem humanos. Nós, humanos, entrando num processo de robotização do relacionamento social e os robôs num processo de humanização da vida real. Vai entender!

Cenas de 2022 que aguardamos com curiosidade e ansiedade.

Publicitário, estrategista de marketing, ex-diretor de comunicação do Governo do Rio de Janeiro, e sócio da agência Bartô publicidade, especializada em conteúdo e digital.

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