Hoje é:18 de maio de 2024

Cintas intermediárias: Onde, quando e por quê?

Por Rangel Lage

O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

O uso de cintas intermediárias na alvenaria estrutural (geralmente 5ª ou 6ª fiada) ainda é um tema com opiniões divergentes entre profissionais especializados na área. Como é um assunto ainda não abordado pela norma, pretende-se com este artigo trazer algumas diretrizes e orientações a respeito.

Normalmente, indica-se o uso da a cinta intermediária nas seguintes situações:

a) Em regiões onde há previsão da ação sísmica (não é o caso do Brasil);
b) Para permitir armadura horizontal e minimizar os efeitos da retração da parede.

 Apenas na situação “b” recomenda-se a utilização no Brasil, visto a ação sísmica (terremotos) que não é uma ação que ocorre no nosso pais.

Neste caso, as cintas armadas (canaletas preenchidas com graute e uma barra de aço, normalmente de 10 mm), nos seguintes casos:

a) Em paredes externas acima de 6 m de comprimento.
b) Em paredes internas de comprimento superior a 10 m.

Considerando que na maioria dos casos nas paredes externas há uma grande concentração das janelas, é comum utilizar a canaletas intermediárias em todas as paredes externas e raramente nas paredes internas.

Como esta armadura é apenas construtiva, a área de aço disponibilizada nesta canaleta não é dimensionada, mas parametrizada, ou seja, adotada conforme critérios do projetista da estrutura.

Recomenda-se os seguintes cuidados na execução da cinta intermediária:

  • A resistência da canaleta deve ser a mesma do bloco.
  • Deve-se prever passagem para eletrodutos verticais, e eventualmente, das barras de armaduras verticais, conforme projeto estrutural.

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Especialista e Mestre em Estruturas pela FEC/Unicamp, é Sócio-diretor da Somma Cálculo Estrutural, professor em cursos de pós-graduação da Unicamp, Facens e Unasp, Possui 12 anos de experiência em projetos estruturais de Alvenaria Estrutural.

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