Por Antônio Pimenta | Imagem: Antônio Pimenta
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No processo de fabricação de cerâmica vermelha, utilizam-se fontes de energia térmica para a secagem e queima dos produtos e estas duas etapas do processo são cruciais tanto para obtenção das características desejadas dos materiais cerâmicos, quanto por seu custo.
No Brasil, os combustíveis mais utilizados para aquecer os produtos cerâmicos na secagem e queima, são as biomassas e, raramente, o gás, óleo e energia elétrica.
Podemos considerar que a energia solar é utilizada na secagem natural e a elétrica como auxiliar na movimentação de equipamentos, iluminação e ventilação. Mas para gerar calor nos fornos, secadores e fornalhas, mais de 95% dos combustíveis utilizados são as biomassas oriundas da madeira – lenha, cavaco, pó de serra. Além de outras biomassas sazonais ou regionais, como bambu, casca de coco, arroz, castanha, caroço de açaí e semelhantes.
Os concentrados de Carbono também são muito importantes e bastante utilizados, como o carvão mineral ou vegetal, pó de balão ou lama de alto-forno, entre outros.
Tratando-se apenas dos combustíveis convencionais, é comum se utilizar da expressão “metros cúbicos de lenha por milheiro de produtos queimados”. Mas, considerando que 1 m³ de lenha de eucalipto relativamente seco pesa 500 kg e 1 m³ de pó de serra pesa aproximadamente 280 kg, e, que um milheiro de determinado bloco cerâmico pesa 2 t e de outro bloco, estrutural, o milheiro pode pesar 6 ou 8 t, a expressão m³/milheiro torna-se pouco referencial.
Desta forma, adotamos a seguinte denominação: kg/tq = quilograma de combustíveis por tonelada queimada de produtos. Assim, podemos fazer comparações dos diversos sistemas de queima e seus desempenhos.
Bons fornos: Hoffman, Câmara e Túnel, podem consumir entre 80 a 120 kg/tq. Fornos Móveis 130 kg/tq, Abóbada 190 kg/tq, Paulista 250 kg/tq.
É bom deixar claro que o consumo de combustíveis em si é apenas um dos três principais itens de avaliação de um sistema de queima. Além do consumo, precisamos avaliar a qualidade e aproveitamento dos materiais queimados e o tempo de queima. Existem outros itens secundários de avaliação.
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