Por Manu Souza
Presente nas mais diversas edificações do Brasil, o Cobogó, patenteado no início do século XX, no Recife, é um elemento estrutural vazado que segue o mesmo princípio dos modernos brises de aço ou antigos elementos de madeira da arquitetura moura: proteger o espaço permitindo a passagem de luz e ventilação natural.
Criado por três engenheiros – Coimbra, Boeckmann e Góes – que emprestaram suas iniciais para dar origem ao nome, o Cobogó, num dos primeiros projetos, foi empregado no prédio da Caixa D’Agua em Olinda (PE), construído em 1935.
Um material versátil e com tanta história para contar, que vem ganhando diversas versões ao longo dos anos.
Confira alguns ambientes feitos com o Cobogó cerâmico:
Filial da Aesop no Brasil, localizada no bairro da Vila Madalena (SP), tem assinatura dos irmãos Campana, que fizeram do Cobogó, a grande estrela da loja paulista.
A dupla Fernando e Humberto Campana também desenvolveu e expôs durante a 3ª edição da Casa Vogue Experience, um Cobogó como manifestação solidária às vitimas do desastre ambiental de Mariana, que ocorreu em 2015. As peças foram produzidas a partir dos rejeitos provenientes da lama da barragem. Crédito: Casa Vogue
A Rústicos Del Favero incorpora Cobogós a sua linha de produtos. Desenvolvido em cerâmica vermelha, o Cobogó Forró mede 17×17 cm. Crédito: Del Favero
Premiado pelo Sebrae/MG, o projeto Cobogós do Cerrado, de Iara Mol, apresenta uma linha de novos padrões para a peça e busca retratar o segundo maior bioma brasileiro: o Cerrado. Crédito: Iara Mol
O restaurante de comida italiana, La Nonna, localizado em Condesa, na Cidade do México, foi projetado pelo escritório do arquiteto Cherem Serrano, e destaca o uso dos cobogós de cerâmica como revestimento. Utilizado em paredes e teto, o material cria um jogo de luz e sombra no ambiente. Crédito: Enadii México
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