Por Antônio Pimenta | Imagem: Anicer
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Sempre buscamos dados para realizar nossos planejamentos e como alcançar determinadas metas. Mas nem sempre contamos com dados precisos e há uma incerteza sobre a capacidade em realizar algo frente a outros fatores que não dependem de nossas ações.
O mercado da construção civil no Brasil tem experimentado um forte crescimento, apesar da pandemia do novo coronavírus, surpreendendo muito a todos. Este crescimento, apesar de seu potencial, não era esperado.
Ocorre que frente a uma enorme demanda reprimida, somada aos juros em queda histórica, além de outros fatores, tem levado a um crescimento contínuo da construção civil desde o início de 2020. Para 2021, o PIB da construção civil projetado para um crescimento de 2,5%, subiu para 4,0%, de acordo com a CBIC, em julho de 2021.
Para o setor de cerâmica vermelha, esta é uma boa notícia, pois mantém as expectativas de forte demanda por blocos, tijolos, telhas e demais produtos, dando continuidade a recuperação dos preços destes produtos e estimulando os investimentos no setor.
Da mesma forma que as indústrias de cerâmicas vermelha conseguiram recuperar o preço de seus produtos, outros setores da construção civil também o fizeram e, pressionados com a forte demanda, tiveram seus preços elevados e entregas comprometidas, criando uma insegurança nos cronogramas de obras com a falta de alguns produtos nas quantidades desejadas. Um caso a parte é a falta de aço em geral, pressionado por fortes aquisições do mercado externo.
Outra face desse crescimento é o aumento dos custos em geral, já que grande parte dos equipamentos de fabricação de cerâmica vermelha são produzidos com aço e tiveram seus preços elevados. Da mesma forma, caminhões, empilhadeiras e equipamentos da linha amarela também tiveram seus valores majorados e entregas com prazo prolongado.
Como aconteceu em 2010 – 2011, quando a construção civil no Brasil cresceu substancialmente, hoje, vários sistemas construtivos que não utilizam produtos cerâmicos têm avançado, buscando seus espaços.
Neste momento, as indústrias de cerâmica vermelha no Brasil, em geral, estão conseguindo manter um bom volume de produção e vendendo seus produtos a um valor justo, permitindo reinvestir em seus negócios.
Com vários fatores externos fora do controle deste segmento, os empresários da cerâmica vermelha devem investir na produtividade de suas fábricas, tornando-as mais eficientes, buscar o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado e intensificar seu relacionamento com o mercado, direcionando seus negócios através da fidelização de seus clientes, sempre com bom atendimento e produtos de boa qualidade.
A participação efetiva em associações e sindicatos do setor também é muito importante, tratando de ações de interesse coletivo.
Não se esqueça de manter sua equipe treinada e motivada, ela é fundamental!
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