Hoje é:21 de novembro de 2024

OKR (Objetivo e Resultados Chaves) Três Letrinhas que lhe tornam efetivos

Por Emerson Dias

*O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seu autor.

Nosso propósito é proporcionar em nossos parceiros a efetividade das operações de suas unidades fabris, assim, tenho atuado firmemente na busca de metodologias, sistemáticas e ações que otimizem os processos e impulsionem os resultados das indústrias cerâmicas as quais tenho oportunidade de atuar.

E, neste artigo, quero abordar o OKR (Objectives Key Results – Objetivos e resultados chaves) uma metodologia ágil que fora responsável pela grande virada da gigante da tecnologia, Google, em 1998, mas originalmente criado por Andrew Grove na, Intel.

Uma vez apresentada a origem desta metodologia, devemos destacar como ela se desenvolve, pois ela tem como diretriz simplificar a forma como encarar os objetivos principais da empresa.

Uma vez que ela aborda os objetivos, isso deixa claro a direção que a empresa pretende conquistar e o time ao saber essa direção, busca o engajamento, pois se torna parte integrante do processo de melhoria contínua em questão.

Assim, estabelecemos a primeira fase do OKR, o “planejamento”, pois sem essa parte, ficaria muito difícil alcançar os objetivos iniciais, uma vez que teríamos imensa dificuldade em mensurar de forma objetiva e precisa, pois alinhados com os objetivos teremos os resultados chaves (key results), pois estes nos servem de parâmetros para se determinar o quanto a empresa está perto de alcançar seu objetivo.

Mas, vamos ao campo prático: imaginemos que estabelecemos o seguinte objetivo:

  • Objetivo: Aumentar vendas:

KR 1 – Dobrar o número de oportunidades de negócios gerados por mês

KR 2 – Diminuir o ciclo de vendas em 20%

KR 3 – Aumentar a receita em 25%

Percebam que teremos definido os objetivos (nosso “Norte”) e as ações que teremos que aplicar para alcançá-lo, restando apenas, após o início da jornada, a aplicação dos indicadores de desempenho. Aí convém destacar que a aplicação da OKR segue o princípio de períodos de 90 dias para que assim se possa corrigir eventuais desvios ou acompanhar o sucesso do programa.

Um exemplo real que venho aplicando numa cerâmica no sul de Minas seguiu o preceito de:

  • Definir metas claras, específicas e alinhadas com o propósito da empresa
  • Dividimos metas gerenciais e operacionais
  • Estabelecemos prazos relativamente curtos
  • Acompanhamos os resultados em modo constante
  • Deixamos os OKR´s à vista de todos os colaboradores
  • Não confundimos esforço com resultado

E quais foram os resultados até aqui alcançados:

  • Aumento de 60% de produção (produto extrusado)
  • Redução de 24% em mão de obra
  • Engajamento dos colaboradores
  • Facilidade de comunicação e redução dos ruídos

Mas, nem tudo são vitórias e a caminhada não é tão fácil quanto parece, estamos transpondo inúmeras dificuldades e desafios tais como:

  • Comunicação e alinhamento – Temos que ter com exatidão, que todos os colaboradores entenderam os objetivos e como suas contribuições individuais impactam diretamente no processo
  • Treinamento e capacitação – Tivemos que estabelecer um programa de treinamento que sirva de sustentação para o processo de melhoria
  • Liderança e apoio – Não só estamos criando, como desenvolvendo colaboradores que possam liderar times que performam de modo efetivo
  • Aprendizado contínuo – Estamos encorajando a cultura organizacional do aprendizado constante
  • Comunicação transparente – apesar de ser o último item listado, possui enorme importância no programa de implementação da OKR, pois num programa de melhoria, quanto mais se sabe, mais se envolve e mais se torna dono, impossibilitando assim os pensamentos negativos e as travas que impedem o desenvolvimento da aplicação da metodologia, e aí implementamos a gestão à vista (painéis que informam, destacam e apresentam de forma clara e simples tudo que estamos fazendo e performando)

Nessa cerâmica a qual venho implementando o OKR, estabelecemos os objetivos trimestrais e acompanhamos semanalmente os indicadores, sugerindo adequações e melhorias para garantir o atendimento integral aos objetivos indicados.

Cabe ressaltar que tais objetivos não são estáticos, podem e devem ser modificados para atender a realidade da empresa e até mesmo os anseios do mercado o qual está inserido.

Mas, o que de fato esta metodologia traz de diferente? Digo que o mais interessante está no fato de que a OKR não é um modelo sistemático e com regras inflexíveis, pois seu criador (Andrew Grove) não indicou práticas rigorosas do que deve ser feito, isso faz com que a adaptabilidade desta metodologia seja o seu mote de inserção.

Trocando em miúdos, as ações que estou implementando na cerâmica de Minas Gerais, certamente serão adaptadas para potenciais outros casos que aplicarei para que possa performar.

Nos próximos artigos, iremos adentrar de modo prático como implementamos e estamos obtendo sucesso, para que assim possam reconhecer em metodologias de gestão as ferramentas para perfomar e garantir a sustentabilidade de vossos negócios.

Para mais informações, entre em contato: tecnico@ediasconsultoria.com | (71) 99294-8223.

CEO da Edias Consultoria, Engenheiro de dados, especialista em mapeamento de processos e em eficiência energética. Profissional com mais de 20 de experiências em projetos de implementação e melhoria de indústria cerâmica, tendo atuado em países como Colômbia, Bolívia, Peru, Paraguai, Nicarágua, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *