Por Emil Sanchez
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As edificações residenciais do século XIX e do início do século XX, em geral, eram construídas em tijolos cerâmicos maciços. A recuperação de casarões históricos, especialmente os tombados pelo IPHAN, requer cuidados especiais que vão muito além do simples reforço estrutural. Nesse tipo de intervenção devem ser adotadas técnicas peculiares para restabelecer, e ou aumentar, a resistência das paredes estruturais, mas sem modificar a concepção arquitetônica original da construção.
No caso de separação das paredes a solução de remoção de parte do encontro dos painéis deve ser precedida por um escoramento prévio de toda a parede, independente de seu comprimento e de sua altura. A reconstrução da parte danificada, principalmente quando se tiver uma separação total das amarrações entre tijolos, dever ser executada com blocos estruturais cerâmicos, preenchidos com grout e com armação vertical em todos os vazados, numa extensão mínima de 1,20 m, de modo a se ter trechos na recomposição com mais de três blocos de 39 cm (Figura 1).
Figura 1
No caso de recomposição por amarração direta entre os painéis, Figura 2a, às vezes não é necessário nenhum tipo de reforço como a colocação de armaduras na conexão. Na amarração indireta é imperiosa a adoção de telas para armar as juntas de argamassa, de modo a evitar o surgimento de fissuras nessa junção, sendo recomendável colocá-las em todas as fiadas (Figura 2b).
Figura 2
Quando da recomposição das paredes por amarração indireta a adoção de grampos, vertical ou horizontal, se faz necessária para garantir a efetiva vinculação (Figura 3). Nas juntas de assentamento devem ser colocadas as telas de aço em todas as fiadas (Figura 2b).
Figura 3
Essas prescrições devem ser adaptadas para cada caso particular de recomposição das paredes.
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