Por Manu Souza
No último dia 14 de dezembro, foi publicada pela ABNT a atualização da Norma ABNT NBR 15270-1: Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria Parte 1: Requisitos e ABNT NBR 15270-2: Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria Parte 2: Métodos de ensaios. A norma estava em revisão desde 2021 e conta com uma série de modificações e melhorias.
A Anicer participou ativamente da elaboração desta nova redação e o projeto da Norma foi elaborado pela Comissão de Estudo Blocos Cerâmicos (ABNT/CE-179:000.001), que foi constituída para discutir e estabelecer, por consenso, regras, diretrizes ou características para o referido assunto.
Vale destacar que o processo de normalização é completamente aberto a qualquer parte interessada, não sendo restrito a sócios da ABNT, Anicer, sindicatos ou qualquer outra entidade.
A versão 2023 já está em vigor e substitui e cancela automaticamente a versão anterior, de 2017. A norma completa, com todas as alterações, pode ser adquirida em: www.abntcatalogo.com.br
Principais mudanças da norma
Resistência mecânica mínima de blocos para alvenaria racionalizada passou a ser 4 Mpa;
Inclusão do bloco de fixação superior (BFS) – componente de paredes maciças com vazados prismáticos da alvenaria não participante da estrutura -, produzido para ser assentado com vazados na horizontal, na última fiada da parede, sob o elemento da estrutura;
Inclusão do bloco ranhurado – componente de alvenaria de paredes maciças que possui vazados prismáticos, perpendiculares às faces que os contêm -, produzido para ser assentado com vazados na vertical, com características e propriedades específicas para alvenaria estrutural, com ranhuras nas paredes internas. Os blocos EST de paredes maciças com fbk ≥10 MPa devem possuir ranhura nas paredes internas, conforme ABNT NBR 16868-1;
Tolerâncias dimensionais passaram a ter uma casa decimal. Ex: 5,0 mm;
Identificação: não será mais obrigatória a marcação do telefone do serviço de atendimento ao cliente ou correio eletrônico ou endereço nas peças;
Índice de absorção d’água inicial (AAI): ensaio passou a ser normativo. O fabricante deve informar ao consumidor o seu AAI em manuais técnicos, informativos comerciais, e/ou anexos a documentos de entrega. A frequência da execução do ensaio deve ser de, pelo menos, a cada seis meses, considerando a fabricação nas mesmas condições. Novos ensaios devem ser realizados sempre que houver alterações no processo de fabricação, como por exemplo, mudança de jazida, formulação de matérias-primas, sinterização etc;
Determinação de eflorescência (ensaio informativo): mudou o método. Antes, a avaliação dos corpos de prova era feita após 7 dias parcialmente imersos. No novo método, os corpos de prova passarão por dez ciclos consecutivos, ou seja, 24h de imersão parcial em água e 24h de secagem em estufa;
Capeamento: deve ser realizado com objetivo de regularizar as superfícies da peça por meio de capeamento com pasta de cimento produzida com: CP-V ARI e relação água/cimento ≤ 0,5 ou pasta de cimento, argamassa com, no mínimo, 80% da resistência nominal do bloco na área líquida, neste caso, a resistência da pasta deverá ser comprovada;
Paredes e septos: para determinação do menor somatório de espessuras, das espessuras externas e septos ao longo de um corte transversal, deve ser traçada uma linha reta na direção horizontal, perpendicular às faces da seção, buscando-se a linha reta onde resulte o menor somatório, sendo este o valor determinado como soma mínima de parede em um mesmo corte transversal;
Constituição dos lotes – fabricação -, de blocos e tijolo igual ou acima de EST100 e o Bloco Superior de Vedação (BFS), quantidade máxima de blocos ou tijolos será de 40.000 peças;
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