Hoje é:21 de novembro de 2024

Anicer realiza evento em prol da Cerâmica Vermelha

Patrocinado pelo Sesi e Senai, novo projeto da Anicer realizou 6 eventos online e destacou questões relevantes para o setor da construção civil e da cerâmica vermelha

Por Juliana Meneses

A Associação Nacional da Indústria Cerâmica – Anicer, deu início no mês de novembro ao seu novo evento, a Convenção Nacional da Cerâmica – ConvenCer, com o intuito de promover o debate sobre o atual cenário da construção civil.

A iniciativa contou com a realização de 6 edições e teve início no dia 05 de novembro, no Mato Grosso do Sul, seguido por Minas Gerais – 12 de novembro, Rio de Janeiro – 19 de novembro, Região Sul – 26 de novembro, Região Norte – 03 de dezembro e Ceará – 10 de dezembro.

A ConvenCer abrangeu todas as regiões do Brasil e possibilitou uma ampla participação nas variadas palestras. O objetivo da ação foi estimular a capacitação empresarial, trazendo uma série de temas, com profissionais renomados da área da construção civil para discussões relevantes de todo o setor.

Com conteúdos direcionados e pertinentes à cada uma das regiões escolhidas, de modo a focar em temas diferenciados e de importância para os profissionais da indústria da construção, contando com a contribuição dos sindicatos de cerâmica dos respectivos estados, bem como com o apoio das federações de indústrias. A ConvenCer foi uma realização da Anicer, com patrocínio do Sesi e Senai.

Para o Presidente da Anicer, Natel Moraes, o evento mostrou a sua força, com uma participação grande de sócios e não-sócios da Associação.

“Nós pensamos e realizamos um evento plural. Ainda no planejamento, destacamos as principais regiões onde poderíamos chegar e contamos com o apoio das federações locais. Ficamos muito felizes com o resultado. Tenho recebido muitos elogios pelas temáticas e profissionais convidados para palestrar. Nosso papel enquanto associação nacional da cerâmica é esse, levar desenvolvimento, inovação e informação aos ceramistas e agentes da construção, até mesmo em um ano difícil como foi 2020. Por isso, gostaria de agradecer pelo forte apoio que a CNI, o Sesi e o Senai sempre nos deram. Esse evento não teria o alcance que teve sem o patrocínio do Sesi e do Senai e já estamos planejando 2021.”

Números da ConvenCer 2020:

  • 24 Palestras
  • 06 Dias de evento
  • 06 Debates Técnicos
  • 38 Palestrantes
  • 30 Horas de palestras
  • 588 Inscrições

Mato Grosso do Sul

O evento realizado no Mato Grosso do Sul teve abertura com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção – Abramat, Rodrigo Navarro. O tema de sua palestra foi sobre a Retomada da Construção. De acordo com Navarro, apesar de no início da pandemia ter havido uma queda das vendas e fechamento temporário de algumas fábricas e lojas, com o passar dos meses, os consumidores voltaram ao mercado e houve uma retomada do setor. Para ele, o consumo voltou por diversos fatores distintos, proporcionando um aumento de vendas e demanda de materiais. “Tivemos uma queda de demanda com a queda de produção e depois um aumento, seja pelos mais variados motivos, seja a pessoa que ficou em casa e resolveu fazer uma pequena reforma ou outros fatores que aumentaram a demanda”. Navarro mostrou alguns índices que evidenciaram que a confiança dos empresários no início do ano, com a pandemia da Covid-19, fecharam fábricas, desencadeando a redução das produções e uma diminuição no índice de confiança dos empresários, entretanto, isso foi revertido no decorrer dos meses com a volta das demandas e após a atividade da construção civil ser reconhecida como essencial durante este período de pandemia que se estende. “O índice de confiança do empresário industrial da CNI, no primeiro trimestre de 2020, despencou. Mas, podemos ver que ele tem uma curva em V, ele voltou a subir em outubro, estando bem próximo da expectativa prevista antes”.

De acordo com o presidente da Abramat, o programa habitacional do Governo Federal Casa Verde e Amarela será um auxílio para a retomada da construção civil. “Durante a pandemia, nós tivemos também o lançamento do Casa Verde e Amarela que na verdade uma sequência do Minha Casa Minha Vida, muito importante para o nosso setor. Quanto mais habitações a gente conseguir construir, mais demanda a gente vai ter”.

Para Navarro, é importante que seja desmistificada a imagem que o setor da construção civil não se atualiza, para isso, ele acredita que as propostas do setor no período da pandemia para conseguir manter as expectativas previstas no ano foram fundamentais para essa mudança de imagem, além de ser importante para auxiliar na economia do país. “Essa discussão toda não está restrita ao Brasil, se você acompanhar isso mundo afora, eu tenho visto isso, aquela ideia que é uma indústria arcaica que não se renova está caindo por terra. Temos que continuar trabalhando muito, a gente chegou ao relatório em agosto de 2020, foram mais de 3 mil propostas, muitas dessas propostas foram implementadas e por isso temos que reconhecer que a situação no setor ou mesmo no pais não está tão ruim, muito por saber ouvir e reconhecer as necessidades da indústria”.

Também foram abordados outros assuntos como o marco regulatório do Saneamento Básico, PBQP-H, crescimento do mercado imobiliário, retomada de obras paradas, Lei do Gás, Iniciativas da indústria 4.0, reforma tributária, BIM e novo marco regulatório do Inmetro. Em seguida, foi realizado um debate com o tema “Indústria em Foco”, mediado pelo presidente da Anicer, Natel Moraes. Estiveram presentes o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul – Sinduscon/MS, Amarildo de Melo, o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul – Acomasul, Adão Castilho e a vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul – Fiems, Claudia Pinedo Zottos Volpini.

Claudia traçou um panorama sobre o cenário das Indústrias do estado, apresentando um comparativo entre o setor da construção civil e outras áreas da indústria, onde mostra que a construção está se recuperando. Foram exibidos dados que indicam que o Mato Grosso do Sul está em uma posição privilegiada em relação ao cenário industrial do país. “O Mato Grosso do Sul está em uma posição privilegiada, a construção civil é um reflexo disso, a questão é que a gente ainda precisa de muito material vindo de fora do estado, ferro e outros materiais básicos e, por isso, às vezes a gente percebe esse desabastecimento, mas o cenário no estado em geral é favorável”.

Claudia explicou também que além das demandas habituais, de vendas em larga escala dos clientes fixos, surgiram novas demandas após o primeiro momento da pandemia, sobretudo com relação ao consumidor que decidiu fazer pequenas reformas em casa, o que causou uma falta de material no mercado da construção, mas segundo ela, esse cenário deve se estabilizar com a retomada da produção das fábricas em seu ritmo tradicional.

“Além das construtoras que a gente já costumava atender, que têm uma fidelidade e o compromisso semanal de obras, agora com essas demandas surpreendentes, muitas pessoas se viram em casas pequenas e desconfortáveis, daí começou a aumentar um quarto, uma varanda, você vê uma procura muito grande disso. A gente percebeu que os depósitos ficaram com dificuldade de receber material, mas passado esse primeiro momento esperamos melhorar essa questão do equilíbrio. Na questão do cerâmico, que é regional, é o que está faltando agora, mas também está faltando acabamento. Muitas empresas tiveram que diminuir ou parar a produção, a construção civil vai continuar numa crescente, aconteceu aquele susto do início do ano com lockdown, mas de uma forma geral acho que a gente não tinha como aumentar a produção, por isso que está faltando”.

A empresária afirma que sua expectativa para o ano que vem é de crescimento para o setor da construção civil. “Como empresária, 2020 já está sacramentado. A gente tem demanda até o final do ano com tranquilidade. Para 2021, fica esperança, já tivemos muitos golpes, mas a gente quer acreditar, dá para acreditar sim. Eu estou confiante, com sensatez e com equilíbrio. Acho que 2019 foi uma experiência, 2020 também – com a doença, mas acho que o Brasil vai crescer sim, não tem outro caminho, esse é o caminho”.

Para o presidente da Acomasul, Adão Castilho, apesar das dificuldades o setor da construção civil não ficou inativo. “Nós tivemos problemas no início da pandemia, com a paralisação, o setor da construção civil evoluiu e andou sozinho. Nós da construção civil temos que ser parceiros das indústrias, mesmo que ganhando pouco, continuamos na estrada”.

Para 2021, Castilho espera que os projetos de habitação do governo federal possam facilitar uma retomada da economia. “Acredito muito no investimento com o Casa Verde e Amarela, além de ampliar reformas, acredito que vai ter um bom investimento que vai alavancar a economia”.

Na sequência, a palestra foi ministrada pela engenheira civil Maria Angélica Covelo Silva, com o tema “Uma visão global da Norma de Desempenho e como atendê-la”. Foi feita uma amostragem sobre a Norma de Desempenho NBR 15575 e quais as formas corretas para que ela seja desempenhada em uma construção.

Para Maria Angélica é importante pensar em sustentabilidade na construção e como os materiais usados podem afetá-la. “Uma sociedade que produz prédio de baixo tempo de vida útil, vai ter um gasto maior com reconstrução e até demolição, então é isso que a gente diz quanto a sustentabilidade”.

Sobre a Norma de Desempenho, Maria Angélica afirma que o setor cerâmico teve grande importância, pois vários associados da Anicer deram resposta assim que a norma saiu, o que auxilia no processo, entretanto ela ressalta que é muito importante que os fatores regionais sejam levados em conta também. “Vocês tiveram um papel importantíssimo, porque vários associados da Anicer responderam prontamente quando a norma saiu. A indústria cerâmica assim como outras, é regional, então eu tenho que atuar em cada região e fornecer dados dos produtos daquela região. É muito comum a gente receber consulta de construtora dizendo que não pode usar o dado que está no manual da indústria x. Depende, se o seu produto regional for idêntico nas características, ai sim! Mas, se não for e às vezes não é, eu não posso então. A gente precisa olhar esse lado também, a gente mora em um país muito grande, então a gente precisa olhar os aspectos regionais e os produtos regionais para que cada um tenha a sua caracterização”.

O evento foi encerrado com a palestra “Impactos do Novo Programa habitacional na construção civil”, ministrada por Rhaiana Bandeira Santana – chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Habitação e Coordenadora do PBQP-H. De acordo com Rhaiana o novo programa habitacional Casa Verde e Amarela tem o objetivo de dar continuidade ao Minha Casa Minha Vida e realizar também reformas e regulações em imóveis já construídos. “O Casa Verde e Amarela é uma continuidade do Minha Casa Minha Vida, que era mais focado em novas moradias. Agora, a proposta é atacar também os imóveis existentes, além de outros objetivos”.

Ela explica que o Casa Verde e Amarela terá uma redução de juros, o que pode favorecer as famílias mais necessitadas, além da regulação fundiária, que pretende legalizar a documentação dos imóveis que se encontram em situação irregular. “No Minha Casa Minha Vida nós tínhamos 4 faixas de atendimento, agora nós temos uma redução dos juros e incentivo de regulação fundiária”.

Rhaiana disse também que uma das iniciativas do governo é dar ao consumidor final uma maior visibilidade aos produtos que sejam qualificados pelos PSQ, deixando claro ao consumidor final quais produtos têm a qualificação para que ele possa escolher o que mais confia, o que será um incentivo para melhorar a qualidade dos produtos, proporcionando mais segurança e credibilidade.

“A gente está com essas ações da comunicação, com a consultoria de uma empresa que está fazendo toda uma análise justamente para que o consumidor final tenha um maior conhecimento do que é um PSQ, até para ele poder exigir isso no momento da obra. A ideia é colocar no nosso site uma pesquisa inteligente para que a pessoa entre e coloque bloco cerâmico, tijolo. Ela vai puxar e vai ter as empresas qualificadas e não qualificadas. A gente está trabalhando nesse sentido de dar uma maior visibilidade para o consumidor final e para as construtoras, independente da obrigação no agente financeiro”.

Foi ressaltada ainda a importância de conquistar uma moradia própria, sobretudo para as famílias mais necessitadas que têm uma maior instabilidade financeira. Para ela, a meta do programa habitacional deve ser auxiliar essas famílias nesta conquista. “A casa é um bem inestimável, todo mundo sabe da importância dela. Então, a gente trabalha para entregar um produto de melhor qualidade para as famílias que mais precisam”.

Minas Gerais

O evento, realizado em Minas Gerais, teve abertura com o palestrante Marcelo Alciati, da Max Escola de Vendas, que apresentou o tema “Estratégia e ação para vender mais”, onde trouxe uma série de conceitos fundamentais para ajudar a traçar táticas de como fazer uma empresa conseguir aumentar suas vendas e obter mais lucros.

Alciati observou que a pandemia do novo corona vírus foi um fator que nenhuma empresa estava preparada, contudo, foi necessário se adaptar para a nova realidade, que incluía o trabalho home-office e as vendas on-line, o que fez com que diversas adaptações para se adequar a esse novo modelo de negócio devessem ser rapidamente ajustadas pelas empresas. “Antes da pandemia nós tínhamos uma forma muito própria de agir e ação gera resultado. Com a pandemia, o que isso representou para você, quais foram as mudanças comportamentais que você identificou ao longo de um período de 4, 5 ou 6 meses de uma situação que até então a gente não tinha vivido? A pandemia ainda está aí, isso impacta a vida das pessoas, algumas pessoas têm muito medo, outras têm menos medo. O Coronavírus deixou as pessoas dentro das casas, acho que muitos de vocês ainda devem estar em home office, então mudou o comportamento, esse comportamento tem que ser encarado de uma maneira real e concreta, não é apenas uma chuva que veio e que amanhã ou depois tudo volta ao normal, não. A Covid-19 veio trazer para nós algumas mudanças que exigem de nós uma inteligência competitiva dentro de ações e estratégias para vender mais”.

A segunda atração do evento foi o debate “Indústria em Foco”, mediado pelo presidente da Anicer, Natel Moraes, contando com a presença do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe Nogueira, do presidente do Sinduscon/MG, Geraldo Jardim, do presidente do Sindicer/MG, Ralph Perrupato e do assessor do Sinduscon/MG, Roberto Matozinhos.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe Nogueira explicou sobre o momento vivido pela indústria e como o mercado deve se comportar. “A Fiemg tem estado, desde o início da pandemia, muito preocupada com o cenário econômico. Fizemos várias ações para que melhorasse o ambiente de negócio, nesse momento difícil e para que as empresas pudessem crescer e projetar crescimento. A cadeia da construção civil bebe o que toda economia bebe. Especificamente, a construção civil é mais dependente na taxa de juros muito baixa. Essa taxa de juros vai dinamizar o setor e fazer com que ele cresça. Essa taxa de juros baixa, estruturalmente baixa, ela não está só baixa por causa da pandemia, ela vai ficar ao redor de 4 ou 5%, no máximo, ao longo dos próximos anos, ela vai trazer uma revolução para o setor de moradia, para o setor da construção civil e suas cadeias”.

O Presidente do Sinduscon/MG, Geraldo Jardim afirma que nos últimos anos houve na região de Minas Gerais uma mudança no mercado da construção civil. “Antes, 52% era Minha Casa Minha Vida, esse número mudou. Hoje, MCMV aqui na região é 28%, o resto não estamos falando de imóveis até 400 mil e acima de 400 mil, em alto padrão e alto luxo que está dominando o mercado. No alto padrão e alto luxo, o bloco de vedação e bloco cerâmico usa muito”.

Sobre os preços dos produtos cerâmicos para 2021, o presidente do Sindicer/MG, Ralph Perrupato afirmou que acredita que eles não voltem ao custo de antes da pandemia. “O setor cerâmico, principalmente aqui em Minas, passou por uma demanda muito baixa e esse preço caiu em uma situação que é insuportável. Foi muita empresa que parou por causa disso, então, o preço de antes da pandemia eu acredito que não deve voltar, porque ele não paga os custos e o problema também é que durante a pandemia nós tivemos muito aumento de custo também”.

Na sequência, houve a Palestra “Perspectivas da realidade aumentada para a construção civil” com o engenheiro calculista, Rangel Lage, que indicou a importância do BIM para a realidade aumentada, bem como a diferença entre realidade aumentada e realidade virtual. Lage explicou que o mercado da realidade aumentada é cada vez mais presente no setor da construção civil, sendo uma possibilidade de auxiliar os profissionais e clientes a entenderem como determinado material ficará no projeto. Sobre como o BIM e a realidade aumentada podem auxiliar o setor da cerâmica vermelha, o engenheiro afirmou que quanto mais o cliente tiver uma experiência de obra satisfatória, mais ele consumirá.

“Um dos exemplos é a monitoração de demanda, treinamentos, vários treinamentos, o pessoal sempre me pergunta: Rangel, como que executa alvenaria estrutural ou como que eu devo executar um bloco de vedação de alvenaria racionalizada? Como que é esse processo? Uma das coisas que ajuda muito nesse treinamento, de qual que é o correto, eu acho que quanto melhor a gente treinar o nosso usuário, seja de qual sistema for, melhor ele usa o nosso produto, mais benefícios ele tem e quanto mais benefícios o nosso usuário tiver, mais ele compra. Quanto mais em realidade aumentada você tiver, o seu processo de venda, de treinamento e de construção, melhor a experiência do seu cliente com a construção”.

Rangel Lage também esclareceu que é importante que seja feito um investimento na tecnologia BIM, já que os programas de realidade aumentada são gratuitos. “O investimento (em realidade aumentada) é zero, o aplicativo é gratuito, ele tem que investir em BIM, ele investindo em BIM antes, terá uma economia de menos erros de obra, um processo mais limpo, de compatibilização bem feita, então se você já está fazendo projeto em BIM, só o que você deixa de errar em obra porque as interferências foram bem feitas antes, já vale muito a pena, uma compatibilização bem feita e falta de erro por boa formação. Então, tendo projeto em BIM a realidade aumentada hoje é gratuita, é só baixar o aplicativo e lá já terá vários projetos para você começar a mexer”.

O evento foi encerrado com a palestra “Retomada da Construção”, ministrada pela economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Sinduscon/MG, Ieda Vasconcelos. Ieda falou sobre as expectativas para o PIB 2020, que foram frustradas pela pandemia do novo Coronavírus. “Nós adentramos 2020 com uma expectativa mais positiva, uma expectativa de ter um crescimento maior dos últimos 5 anos. A expectativa do início de 2020 era crescer mais de 2%, seria a maior alta desde 2013. Na construção civil, a nossa expectativa era crescer 3%, nós chegamos aí e o que nos levava a expectativa positiva de crescer mais de 2% e solidificar, enfim, o crescimento dos últimos anos. Esperava-se que a economia nacional esse ano ganhasse corpo para avançar no patamar e deixar um crescimento menor, conseguindo expandir e aumentar esse número de crescimento”.

Entretanto, Ieda afirmou que o setor da construção civil, em comparativo com outros setores da economia, obteve uma queda menor e um impacto menos intenso. “A construção civil não foi isenta do que aconteceu na economia nacional. Mas, ao contrário da economia que caiu 10%, a construção caiu 5,7%, ou seja, a gente observa que o que foi repercutido no setor, o impacto no setor, ele foi bem menor do que foi o impacto na economia nacional, quando a gente observa o resultado do segundo trimestre em relação ao primeiro”.

Ieda fez um parecer otimista para o segundo semestre para o setor da construção, ela acredita que o setor varejista de material de construção deve fechar o ano com uma expectativa superior ao restante.

“O comércio varejista de material de construção vai fechar o ano em um patamar maior do que o total do comércio varejista contabilizando todo os segmentos”.

Rio de Janeiro

O terceiro evento foi realizado no Rio de Janeiro e a abertura foi feita pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio, que falou sobre o cenário industrial fluminense.

“Agradeço imensamente o convite para falar algumas palavras nessa convenção nacional de um dos setores industriais da maior importância, não apenas para economia fluminense, mas para todo Brasil. Gostaria de começar lembrando a importância que a Anicer tem para o Estado do Rio, afinal, três sindicatos de cerâmica vermelha do Rio, associados da Firjan, integram a Associação. A Anicer também foi presidida em mandatos alternados por dois empresários do Rio, empresários da indústria de cerâmica vermelha do Estado do Rio sempre estão presentes na diretoria da entidade. Eu não poderia deixar de falar também do saudoso Henrique Nora, nosso amigo presidiu o sindicato da indústria cerâmica para construção e olaria, no médio Vale do Paraíba, foi vice presidente da Anicer e da Firjan. Foi um dos grandes articuladores da vinda da Anicer para o Rio no que teve total apoio da nossa instituição. É motivo de alegria ver que Henrique Nora Junior, participante desse encontro, está dando continuidade ao trabalho do pai, em sua atuação não apenas na empresa, mas também como vice-presidente da Anicer, presidente do mesmo sindicato e diretor da Firjan. O trabalho de fortalecimento da indústria de cerâmica vermelha sempre foi uma das prioridades da Federação das Indústrias do Rio, patrocinando os eventos e feiras e oferecendo capacitação técnica, através de uma das mais importantes unidades do Senai em todo Brasil. Me refiro ao Laboratório de Construção da Firjan – Senai, em Três Rios, que nasceu lá em 1995 para atender a demanda dos empresários do setor de cerâmica vermelha, uma iniciativa alias que também foi de inestimável contribuição de Henrique Nora. Na Firjan – Senai, em Três Rios, temos uma Entidade Gestora Técnica que qualifica blocos e telhas cerâmicas para o Programa Setorial de Qualidade – PSQ. A Anicer, como todos aqui sabem, é a mantenedora do PSQ e uma das mais importantes parceiras da Firjan. Já atendemos também a Norma de Desempenho e vamos ampliar os ensaios construindo um novo laboratório de construção civil nesta unidade, será um dos três existentes do país que poderão realizar ensaios técnicos de acústica e de fogo, atendendo a clientes de todas as regiões. Também haverá aquisições de diversos equipamentos, o cronograma teve que ser ajustado, por conta da pandemia do Coronavírus, mas em 2021 estaremos comemorando mais essa entrega para a cerâmica vermelha e outras relevantes indústrias da construção civil”.

A primeira palestra do evento teve o tema “Novo Sistema Estadual de Licenciamento e Demais Procedimentos de Controle Ambiental – SELCA” e foi realizada pela Especialista em Meio Ambiente da Gerência de sustentabilidade da Firjan, Andrea Lopes, que indicou que as medidas que fazem parte do novo Decreto Estadual de Licenciamento Ambiental devem entrar em vigor em 23 de março de 2021, a data que deveria ter acontecido ainda este ano, sofreu adiamento para ano que vem devido a pandemia. Ela afirma que a Firjan trabalhará junto aos órgãos públicos para garantir a desburocratização do processo de licenciamento ambiental. “A gente já trabalhou na construção da política pública e agora nossa função é cobrar do órgão ambiental que implemente essas medidas, essas ações que têm por objetivo a simplificação e a desburocratização do licenciamento. Nós temos um conselho empresarial de meio ambiente e esse conselho na Firjan tem um grupo de licenciamento ambiental. É um local onde a gente se reúne para levantar as principais demandas empresariais para levar para o órgão ambiental, então, a gente fica sempre a disposição dos empresários para fazer essa interface com o Inea”.

O segundo evento do dia foi o debate mediado pelo ceramista Cesar Golçalves de Oliveira, “Normas da ANM passam por revisão”, com a presença da Geóloga Debora Toci Puccini, o presidente do Sindicer Médio Vale Paraíba – RJ, Henrique Nora e o presidente do Sindicer Campos dos Goytacazes, Paulo Ribeiro.

A palestra “Alvenaria Estrutural como meio de atingir alta produtividade e desempenho” com o professor da UFSCar, Guilherme Parsekian, abordou sobre como o sistema construtivo pode ser produtivo em uma obra. A ConvenCer do Rio de Janeiro foi encerrada com a palestra “Perspectivas para a construção civil”, com o Gestor de empresas, Marcelo Luis Gonçalves, que apresentou dados que mostram que as vendas no período de pandemia sofreram um grande crescimento, sobretudo em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. O palestrante explicou que no primeiro momento da pandemia houve uma grande queda industrial, nas que isso pode ser recuperado posteriormente. “Os primeiros 45, 50, 60 dias foi um pé no freio para a gente poder diminuir, sem sombra de dúvida. Depois, vieram as recuperações, através do e-commerce por exemplo. Com certeza, as pessoas voltaram a fazer compras depois desse primeiro período de afastamento”.

Marcelo Gonçalves destacou a importância do setor da construção civil para o mercado de trabalho.

“Estoque de emprego na construção, é mais uma ascendência que a gente está mostrando, é importante que todos divulguem isso, é realmente importante que a gente consiga divulgar esses elementos para mostrar que o mercado da construção civil e todos os aderentes a esse mercado são de extrema necessidade”.

Região Sul

A quarta ConvenCer foi realizada na Região Sul. O Planejador financeiro, Lessandro Nunes, abordou em sua palestra o tema “Sucessão Familiar”. Ele explicou os detalhes de como deve acontecer uma sucessão, todas as etapas, custos e necessidades envolvidas neste processo para que ele ocorra de forma segura para o bem-estar financeiro da empresa. Para ele, o maior desafio para o processo de sucessão familiar é tocar no assunto, que não pode ser evitado, e é necessário planejamento para não perder dinheiro.

“Sabe qual é o desafio da minha vivência, nesses dez anos que converso com as famílias sobre sucessão? Sem dúvida nenhuma, o maior desafio é sentar para falar sobre o tema. A gente sempre tem outras coisas para fazer e para falar do que a sucessão, sabe por quê? Porque a gente não quer, a gente quer negar, a gente não quer olhar para isso, a gente não quer olhar porque a gente acha que isso não tem solução. Mas que diacho de empresário sou eu que vou ficar cuidando de um problema que não tem solução? Quando chegar a hora a gente vê. Não é assim que as pessoas fazem? Acontece que o meu trabalho é dizer para as pessoas: alô, acorda! tem solução, é boa, é barata e vai te fazer bem e não vai doer, não vem dentro de uma seringa, não tem que tomar injeção, não dói, quanto mais a gente fala sobre isso menos dói, o que dói é perder 20% do patrimônio inteiro numa sucessão mal planejada”.

O segundo evento do dia foi o debate mediado pelo presidente da Anicer, Natel Moraes, trazendo o tema “Planejamento e Gestão de Obras – Análise comparativa de custos, entre fechamentos de um galpão pré-moldado em Placas Pré-moldadas x Alvenaria de Blocos Cerâmicos rebocados”. O debate contou com a presença do engenheiro civil, Jeanflawer Mello, do presidente do Sindicer/RS, Jorge Ritter e do presidente do Sindicer Rio do Sul/SC, Sandro Santos.

Para o engenheiro Jeanflawer Mello, as expectativas para o setor da construção civil para 2021 são positivas. “Com certeza 2020 ia ser um grande ano, está sendo ainda, ascendente até acontecer a situação da Covid. Deu aquela recessão do começo e agora vem retomando o mercado da construção civil. Eu falo aqui pela minha região, a gente está com perspectivas boas para 2021, eu já estou com obras fechadas até 2022, eu estou com a agenda cheia de construções já para 2021, o que falta hoje é mão de obra qualificada. A gente tem uma região com bastante mão de obra hoje, mas a mão de obra qualificada está em falta no mercado da construção civil. Mas, as perspectivas para 2021 são as melhores possíveis. A gente espera que essa alta que apareceu no segundo semestre de 2020 se estabilize e normalize”.

A palestra “Arquitetura diferenciada, inovação e melhores práticas em sistemas construtivos cerâmicos: uma visão internacional”, com a engenheira civil, Maria Angelica Covelo Silva, traçou um panorama sobre os modelos de arquitetura com sistemas em cerâmica vermelha. A engenheira explicou que os produtos cerâmicos são utilizados internacionalmente em diversos tipos de projetos. “Minha visão aqui é trazer um pouco do setor cerâmico e os produtos cerâmicos sendo aplicados fora do Brasil e como se evoluiu lá fora com esses produtos e sistemas construtivos e como a cerâmica é valorizada dentro de projetos contemporâneos muito diferenciados, em diferentes países, tanto na Europa, na América e em vários locais do mundo. A ideia é a gente olhar um pouquinho o que tem do material cerâmico como expressão de linguagem arquitetônica e de desempenho por meio de uma série de produtos diferenciados, lembrando que em muitos países essa questão de desempenho já é muito antiga, mas de 30 anos com normas de desempenho, que fez com que a indústria nesses países buscasse os mais diversos componentes diferenciados para atender características de desempenho. Em vários países tem utilizado esses vários produtos da indústria de cerâmica vermelha para projetos bastante contemporâneos e diferenciados”.

O evento foi encerrado com a palestra “Norma de Desempenho: como estruturar a sua empresa para cumpri-la”, ministrada pelo engenheiro civil e consultor técnico do Senai/SC, Felipe Pires Francisco, que explicou que a norma de desempenho está modificando a construção civil e que ela envolve diversos setores da cadeia construtiva. “A NBR 15575 foi redigida com base em modelos internacionais de desempenho, então, com a inserção dela no mercado da construção civil a gente consegue perceber que a construção civil está mudando de patamar, está tendo uma modificação do setor como um todo. Ela abarca toda a cadeia da construção civil, então vai pegar os fornecedores, os projetistas, incorporadores, empresas de manutenção, o usuário, que em muitos empreendimentos o usuário não faz a sua parte, o que acaba dando problemas na edificação”.

Região Norte

O quinto evento foi realizado na Região Norte, mediado pelo arquiteto e diretor de marketing da Anicer, Constantino Bueno Frollini, com abertura da palestra “Análise de custos da produção e formação dos preços de venda”, ministrada pelo consultor técnico da Anicer, Antônio Carlos Pimenta, que destaca que é importante a empresa ter uma equipe de trabalho bem treinada e preparada para o trabalho.

“Treine seu pessoal, são eles que vão lhe dar o retorno das informações que você precisa, são eles que vão conseguir melhorar a produtividade da sua empresa, são eles também que vão trabalhar na análise e desenvolvimento de sistemas de custo e assim por diante. É fundamental que tenham equipes treinadas efetivamente”.

Em seguida foi realizado o debate “A indústria da construção hoje e perspectivas para 2021”, com a presença do presidente do Sindolpa, Rivanildo Hardman e do Diretor do Inmetro PA, Jayme Canto, mediado pelo presidente da Anicer, Natel Moraes.

Na sequência, houve a palestra “Alvenaria de Vedação Racionalizada com blocos cerâmicos”, ministrada pela arquiteta Cynthia Galvão Kamei, que explicou que a alvenaria racionalizada pode auxiliar para que não haja desperdício em uma obra. “A Alvenaria Racionalizada é uma alvenaria que tem projeto, o que eu mostrei aqui é um projeto mais completo, mas ela pode sim ser um projeto mais simples, então, toda vez que você faz um planejamento e você se atém a ele, você consegue evitar desperdício. O que você não pode é construir e quebrar, construir e quebrar. Então, na hora que você planeja, você consegue economizar, mas no nosso caso, você trabalhar com as alvenarias, com blocos verticais, que são blocos de melhor qualidade, o cliente já vai pagar um projeto, já está pagando um bloco mais caro, provavelmente. Ele vai economizar por não ter retrabalho e ele vai ter a garantia que tudo que está dentro da alvenaria vai dar certo, porque esse bloco vai ter um índice de desperdício muito menor, a espessura de revestimento vai ser muito menor, então, a conta não é um bloco pelo outro, é um conjunto pelo outro”.

O evento foi finalizado com o debate “Inovação em serviços e equipamentos para uma cerâmica mais produtiva” com a presença de Agnaldo Bertan (Natreb), Luiz Bisaccioni (Bonfanti) e Clément Cadier (Direxa), onde foram apresentadas as principais tendências de máquinas e serviços para o setor da cerâmica vermelha.

Ceará

O sexto e último evento da ConvenCer foi realizado no Ceará e mediado pelo vice-presidente da Anicer, João Neto. O evento teve início com a palestra “Alvenaria de vedação racionalizada com blocos cerâmicos”, ministrada pelo engenheiro civil, Marco Addor, que explicou que ter um bom projeto é primordial para não haver retrabalho e desperdícios. “Hoje em dia a gente tem que tentar antever os problemas de obra no projeto, então, a gente conseguindo isso, se no projeto não dá certo, na obra não vai dar. Então, a primeira coisa é fazer bem feito o projeto e depois a gente faz um protótipo, na obra ainda, aprovar o protótipo e ai vem a produção. Esse é o objetivo, fazer um projeto bem detalhado, porque um pavimento desse tem 10, 20, 30, 40 vezes, então tudo que você fizer bem ganha quarenta vezes legal ou são quarenta vezes errado”.

Na sequência, foi realizado o debate “Indústria da Construção Civil em Foco” com mediação do presidente da Anicer, Natel Moraes, o vice-presidente da Fiec, André Montenegro e o Presidente do Sindcerâmica/CE, Marcelo Tavares.

O terceiro evento do dia foi a palestra “Projeto e gestão da qualidade para a vida útil de vedações verticais e redução de custos pós-entrega”, ministrada pela engenheira civil, Maria Angelica Covelo Silva.

A última palestra do evento foi “Panorama industrial 2020 e perspectivas econômicas para 2021”, ministrada pelo economista, Guilherme Muchale.

“De fato o ideal é que esse crescimento da demanda perdure por mais alguns meses, para que a situação financeira das empresas possa receber esse comportamento positivo por mais tempo e as contas sejam sanadas e voltem ao mesmo nível do início do ano. É uma pena, porque o ano de 2020 era um ano de expectativas positivas, a indústria da construção já estava dando sinais de melhoras no início do ano e a pandemia pegou todo mundo desprevenido e muitos industriais aí com uma expectativa positiva e que de fato não se concretizo. Mas, entre o impacto negativo que se pensou que existiria, lá por junho, a gente tem uma queda muito menor. Então, acho que é a hora de aprimorar as práticas de gestão para poder ter um controle muito forte de custos e buscar de fato a negociação por parte dos compradores, para conseguir manter uma situação financeira boa para as empresas e poder recuperar as empresas, principalmente, no segundo trimestre do ano”.

O encerramento do evento contou com depoimentos dos presidentes dos sindicatos onde a ConvenCer foi realizada. A vice-presidente da Fiems, Claudia Volpini destacou a importância da ConvenCer para o setor.

“Encontros como esse são importantes porque trazem o alinhamento das necessidades e das tendências do setor da construção civil. O formato on-line utilizado por força das circunstâncias, acabou sendo uma vantagem porque permitiu que mais pessoas pudessem participar e aproveitar dos conhecimentos dos nossos palestrantes de renome”.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe Nogueira agradeceu pela realização da ConvenCer.

“Gostaria de agradecer a Anicer, na figura do presidente Natel e também do presidente do Sindicer aqui de Minas Gerais, Ralph, pela realização do ConvenCer 2020. Esse importante evento que vem trazendo para o setor da cerâmica vermelha todas as novidades e tendências do setor e segmento, também ameaças e oportunidades. Eventos como esse são fundamentais para o desenvolvimento desse setor que é a base do segmento da construção civil”.

O presidente do Sistema Fiergs, Gilberto Petry, cumprimentou todos que participaram da ConvenCer 2020.

“Quero cumprimentar a todos sem exceção porque sei que nenhum empresário escapou das dificuldades de um ano difícil como foi 2020. Mas por certo estamos superando os problemas motivados pela vocação empreendedora e associativa desse segmento industrial. Imaginem se cada um tivesse que enfrentar os obstáculos sozinhos, sem alguém para se unir. Por isso, saúdo os participantes da Convenção Nacional da Cerâmica Vermelha, a ConvenCer 2020, que ocorreu de forma virtual e saúdo todos aqueles que se unem a Associação Nacional da Indústria Cerâmica e ao Sindicato das Indústrias de Olaria Cerâmicas do Estado do Rio Grande do Sul”.

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar parabenizou a Anicer pela iniciativa do evento.

“Qualidade e eficiência são determinantes em qualquer setor. O setor da cerâmica vermelha tem avançado muito nos últimos anos, a partir de uma série de iniciativas de entidades setoriais que estão provocando uma verdadeira transformação nessa indústria. Eventos como a Convenção Nacional da Indústria Cerâmica Vermelha fazem parte desse novo momento. Por isso, tem total apoio da Fiesc, do Sesi e do Senai. Parabéns a Anicer e a Sindicer pela iniciativa.

O presidente da Fiepa, José Conrado Santos, afirmou que apesar da crise, as expectativas para o próximo ano são positivas.

“É com grande satisfação que o Sistema Indústria do Estado do Pará, Sesi e Senai, o IEL e os sindicatos têm no seu guarda-chuva o Sindicato de Indústria de Cerâmica e essa interatividade é muito grande com o setor cerâmico que é um dos mais pujantes e parceiros do setor da construção civil no estado. E o Senai, principalmente, com seu centro de excelência tem contribuído muito com isso. Passamos sim no Estado do Pará uma certa dificuldade com essa crise que todos nós vivemos no Brasil, mas a perspectiva para 2021 ela é muito grande”.

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, destacou a importância do setor de cerâmica vermelha.

“O setor cerâmico estrutural tem um papel relevante na cadeia produtiva da construção civil brasileira, seja pela geração de empregos, são mais de 300 mil, pela quantidade de fábricas distribuídas no país, quase sete mil, ou pelo faturamento anual, 18 milhões de reais. Os produtos de cerâmica vermelha têm ajudado a alavancar a construção civil no país, esse momento de reaquecimento da economia se faz ainda mais importante diante do tamanho valor, discutir o desenvolvimento tecnológico do segmento industrial e pensar no futuro”.

A ConvenCer 2020 foi uma realização da Anicer, com patrocínio do Sesi e do Senai.

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Juliana Meneses é jornalista na Anicer.

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