Por Emerson Dias
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Informação é um dos maiores bens corporativos existentes, pois gera conhecimento, que gera lucro, produtividade e como consequência, o sucesso. No entanto, tudo começa com um trabalho eficiente de gestão de dados, que se bem feito tem o poder de aperfeiçoar tomadas de decisões corporativas, comerciais e estratégicas.
Sabendo disso, nossa missão como pesquisador é identificar as transformações que a informação vem sofrendo ao longo dos tempos para possibilitar mudanças transformadoras tanto do ponto de vista pessoal como empresarial.
Mas o que seriam dados?
São todos os tipos de números e informações que geram conhecimento sobre determinado processo, máquina, pessoa ou atividade, deste modo, devemos ter uma metodologia que possa gerir (coletar, manter e usar) e gerar resultados efetivos (conhecimento), devendo ser utilizado para tomada de decisão estratégica.
Nosso setor cerâmico, por estar inserido no segmento da indústria, vem sofrendo ao longo dos últimos anos uma concorrência bem intensa, seja com o número elevado de fabricas, seja em face a falta de políticas públicas habitacionais mais seguras ou até mesmo de produto alternativos, o que nos obriga a saber guardar, manipular, analisar e agir através da gestão de dados de maneira estratégica para decisões corporativas.
Mas, como identificar que dados ter para que não haja um excesso de informação que inviabiliza a governança da empresa? Como especialista, devo orientar a começar pelo mapeamento do processo para que, assim, saiba suas entradas, suas ações e, sobretudo, a saída (resultado).
Uma vez mapeados os processos, costumo dizer que se identificam as “travas” necessárias para cada operação, então, de forma bem resumida poderia exemplificar através do processo de produção, que dados seriam interessantes no ato da extrusão: volume de peças fabricadas/ton.; número de cortes/dia. Tendo apenas esses dois dados, acreditam que possamos medir a eficiência operacional no processo de extrusão?
Penso que sim! Pois a diferença entre o volume de peças que foi para secagem e o número de cortes que o cortador deu ao longo de um período (hora, dia etc.), comparando tais dados no mesmo momento, teríamos o índice de perda, provocado por cortes, rasgo ou deformações diversas dos produtos fabricados até aqui.
Ter uma gestão de dados eficiente gera muita segurança ao processo produtivo e, por consequência, a empresa pode elencar a melhora na tomada de decisões, pois teremos conhecimento exato e, assim, agiríamos como verdadeiros “atiradores de elite”, o que possibilita redução de custos, pois concentraríamos nossas forças para o que chamo de “Causa Raiz”.
Em nossas consultorias e visitas a diversas instalações no Brasil, vemos que os problemas são persistentes ou intermitentes e isso acontece por alguns motivos, tais como: identificação da causa raiz, análise do problema insatisfatório e por falta de dados (podem acreditar, ainda temos cerâmicas que não sabem quanto produzem, perdem e gastam). Isso impacta diretamente em informações primordiais para qualquer negócio, que é: “quanto me custa fabricar” e, se não sabemos quanto nos custa, não saberemos quanto venderemos. Fiquem certos disso!
Então, que dicas para uma Gestão de dados Eficiente eu posso deixar para vocês?
A primeira é a de que qualquer cerâmica pode ter uma gestão de dados eficiente, basta que ela tenha antes estabelecido uma “cultura”, assim como acontece com a inovação, não se começa a gerir dados da noite para o dia, ou num estalar de dedos ou porque acho bonito ou vi alguém fazer. Deste modo, a gestão de dados é colocada na prática a partir dos valores, da missão e das estratégias da empresa.
Outra dica está relacionada ao “pai da criança”, ou seja, quem irá fazer…sendo assim, recomendo que seja definido um responsável e aí…a sala de controle (ou como muitos dizem, o laboratório) pode ser o dono do negócio, haja vista sua capacidade de interrelação em todos os processos.
O terceiro passo está na “estratégia”, pois é muito importante tê-la de forma clara e objetiva…e isso se consegue respondendo questionamentos simples, tais como: metas, quais ferramentas serão usadas e os objetivos a serem alcançados.
Não devemos esquecer, também, da “capacitação constante” dos colaboradores, e aqui abro parênteses (para destacar que essa ação é um dos calcanhares de Aquiles de nosso setor, pois são raros os casos onde realizamos treinamentos, qualificações de modo constante). Pior que gastar com qualificação, é manter colaboradores mal qualificados, sendo assim, invista em sua equipe, sempre!
E, por último, e não menos importante, monitore seus resultados, pois assim poderá observar falhas, corrigir, melhorar e potencializar processos e acertos.
Conclusão
Entender de gestão de dados é fundamental para que uma cerâmica consiga otimizar seus processos e aperfeiçoar suas dinâmicas de produção, conseguindo assim realizar um trabalho de tomada de decisões mais acertada e estratégica.
Gestão de dados assim não é um luxo, é um dos investimentos fundamentais para que a estrutura de uma empresa caminhe por estradas que a levem para o sucesso.
E você, já se utilizou do trabalho de gestão de dados em sua empresa?
Para mais informações, entre em contato: tecnico@ediasconsultoria.com | (71) 99294-8223.
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