Hoje é:21 de novembro de 2024

Sustentabilidade na construção civil

Por Antônio Carlos Pimenta | Imagem: Anicer

A inegável importância da construção civil contrasta com os impactos ambientais por ela gerados. Todos nós precisamos de moradias, escolas, hospitais e diversas outras edificações que utilizam matérias-primas para a fabricação dos materiais de construção. Sequencialmente, a fabricação desses materiais, seu transporte, aplicação e utilização das construções, ao longo de décadas, também impactam no meio ambiente de alguma forma.

Segundo a ONU, estima-se que 40% de todos os resíduos sólidos descartados no meio ambiente provém da construção civil, que também é responsável por 30% de toda a emanação de dióxido de carbono na atmosfera – o principal agente do “efeito estufa”.

Os impactos ambientais são um tema controverso – levado ao extremo e radicalizando opiniões. O certo é que os recursos naturais utilizados pela humanidade têm um limite, com uma população crescendo exponencialmente e cada vez mais consumista.

A sustentabilidade pode ser resumida como a utilização racional dos recursos naturais, preservando as condições ambientais e disponibilidade dos recursos necessários para as gerações futuras.

Grandes grupos industriais e países procuram mostrar que têm políticas voltadas para a preservação do meio ambiente, como a reciclagem; controles de exploração de recursos naturais; taxações e até proibições para atividades ou produtos mais impactantes; estudos e investimentos em tecnologias “limpas” – a exemplo dos automóveis movidos à eletricidade; usinas eólicas e fotovoltaicas e redução do consumo de energia elétrica de fontes mais poluentes.

A sustentabilidade pode ser resumida como a utilização racional dos recursos naturais, preservando as condições ambientais e disponibilidade dos recursos necessários para as gerações futuras.

Na Europa, muitos países incentivam, através da redução de tributos, as construções sustentáveis – aquelas que comprovam sua eficiência ao longo de sua vida útil, com bom isolamento térmico – reduzindo gastos com climatização, durabilidade e pouca necessidade de manutenções, entre outras. A utilização de produtos da construção de menor impacto ambiental também é considerada.

No Brasil, a NBR 15.575 – Norma de Desempenho, aplicada para moradias, tem fundamentos na sustentabilidade, já que classifica requisitos mínimos para essas construções com relação à sua durabilidade e isolamento térmico, por exemplo, fatores que contribuem para a boa utilização dos recursos como materiais de construção, baixa manutenção dos imóveis e redução no consumo de energia para climatização dos ambientes.

Uma construção sustentável deve ser adaptada ao seu entorno – no Brasil, encontramos regiões com grande incidência solar, outras extremamente úmidas e algumas com extremas variações de temperaturas ao longo do ano. Desta forma, as construções devem ser projetadas para determinadas condições específicas. Outro fator é o econômico, tanto na construção com recursos limitados, quanto em obras que requeiram pouca manutenção, baixo consumo de energia e durabilidade. Estes fatores são plenamente obtidos com a utilização dos produtos de cerâmica vermelha e vão além, no aspecto da sustentabilidade.

Os produtos de cerâmica vermelha mais comuns utilizados nas edificações do Brasil – blocos, telhas, tijolos e elementos de enchimento de laje – são produzidos com matérias-primas extraídas de jazidas com pequeno impacto ambiental, por sua baixa complexidade e fácil recuperação. As pequenas distâncias de transporte dessas matérias-primas até as fábricas e construções, impactam menos que outros produtos, como o aço e o cimento, cujas jazidas são de grande porte e de localizações distantes das construções.  No processo de fabricação dos materiais cerâmicos, fábricas cada vez mais eficientes alcançam mais qualidade e produtividade consumindo cada vez menos energia e utilizando fontes renováveis, como restos de outras atividades agrícolas e industriais – cavaco de madeira, serragem, cascas e grãos diversos – preservando e utilizando cada vez menos madeira de manejo florestal ou de reflorestamento.

Nas construções, os produtos de cerâmica vermelha propiciam excelentes resultados quanto à durabilidade e manutenção, pois são comprovadamente resistentes e duráveis. Suas caraterísticas físicas propiciam excelente conforto térmico e acústico e mesmo ao final de sua vida útil, têm pouco impacto ambiental, já que são inertes e inofensivos ao meio ambiente, totalmente recicláveis ou reutilizáveis, diferente de outros materiais como o gesso, o plástico, o isopor e os metais. Esses dados foram confirmados através da ACV – Avaliação do Ciclo de Vida, estudo realizado pela consultoria canadense Quantis, a pedido da Anicer, que avaliou os impactos ambientais e ao ser humano dos produtos de cerâmica vermelha, em comparação com outros produtos. Veja mais em www.anicer.com.br/acv.

Ambientalistas e capitalistas podem divergir quanto ao real impacto das atividades humanas no meio ambiente, mas uma coisa é certa – Com cerâmica, é melhor!

*O conteúdo deste artigo não necessariamente reflete a opinião da Anicer e é de responsabilidade de seus autores.

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Técnico em cerâmica pelo Senai/SP, administrador de empresas e Consultor Técnico e da Qualidade.

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